Operação resgata micos-leões e araras-azuis do tráfico internacional
Os animais passaram 40 dias em um veleiro, até o barco ser abordado emTogo, na África. Eles ficaram abrigados em casa de embaixador
atualizado
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Um esforço da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resgatou araras-azuis e micos-leões-dourados que seriam traficados para fora do Brasil. Todos estavam em condições de maus tratos. As informações são do Fantástico, da TV Globo.
Os animais teriam saído da Bahia e passaram 40 dias em um veleiro, até a embarcação encalhar e ser abordada em Togo, na África. Os bichos provavelmente seriam vendidos, de forma ilegal, na Europa ou Ásia.
Cinco homens estariam envolvidos na operação, e quatro acabaram presos, enquanto um conseguiu fugir.
As araras-azuis e os micos-leões precisaram ser abrigados temporariamente até a documentação ser preparada para o traslado de volta para o Brasil. A casa escolhida foi a do embaixador brasileiro em Togo, Nei Futuro Bitencourt.
“Fiquei muito triste. Eu vi que era a minha humanidade que estava sendo testada por eu aceitar ou não aquele estado que eu tinha obrigação de fazer tudo para salvar aqueles bichos”, comentou.
Alguns animais estavam à beira da morte, cobertos em óleo de motor, em gaiolas pequenas e sem pelos e sem penas.
Após avaliação de um médico veterinário, a expectativa é de uma boa recuperação. O que não se sabe é se eles terão condições de voltar a viver em florestas.
“Tanto o mico-leão-dourado quanto a arara-azul-de-lear são duas espécies que quase foram extintas, e foram recuperadas por meio de projetos importantes de conservação. A gente não pode colocar isso a perder com esse tráfico internacional”, destacou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.