metropoles.com

Operação prende grupo que movimentou R$ 5,7 bilhões de origem ilícita

Os produtos — cigarros, drogas e eletrônicos — vinham do exterior, principalmente do Paraguai. Os agentes estão no Paraná, SP, MG, SC e ES

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Equipes da PF e da Receita Federal fazem operação nesta terça-feira (15/8) para desarticular uma organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 5,7 bilhões de origem ilícita entre 2012 e 2016. Dezenove pessoas já foram presas. O grupo, especializado em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, usava contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber dinheiro de pessoas físicas e jurídicas interessadas em mercadorias, drogas e cigarros. Os produtos vinham do exterior, principalmente do Paraguai.

Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita cumprem 153 ordens judiciais, expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Há dois pedidos de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, além de 53 ordens de condução coercitiva e 82 mandados de busca e apreensão. Os agentes estão nas ruas de cidades do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais, do Espírito Santo e de Santa Catarina.

Em Foz do Iguaçu (PR), foram presos Jackson Gavazzoni, Taiwan Gerhardt e Twrone Gerhardt, donos de casas de câmbio. Os nomes dos outros alvos ainda não foram divulgados.

Os alvos da operação, batizada de Hammer-on, vão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso. “Hammer-on” é a técnica usada em instrumentos musicais de corda para ligar duas notas musicais com uma mesma mão.

Na teoria musical, o “sustenido” e o “bemol” são notas intermediárias entre outras duas notas musicais. Analogicamente, as organizações criminosas desarticuladas em decorrência das operações Sustenido e Bemol, estabelecidas em Foz do Iguaçu/PR, intermediavam as negociações entre criminosos brasileiros e paraguaios, sendo responsáveis por garantir o pagamento de fornecedores paraguaios de drogas, cigarros e mercadorias, bem como simplesmente ocultar dinheiro de origem criminosa.

Na operação Hammer-on, os demandantes dos serviços prestados pelos intermediários também foram investigados. Entre eles, estão brasileiros que contrataram a organização criminosa para pagar os fornecedores paraguaios, bem como para ocultar dinheiro de origem criminosa, também foram alvo de investigação.

Segundo a PF, o dinheiro “sujo” era depositado em contas das companhias ligadas ao grupo criminoso e, depois, enviado para fora do Brasil. A transferência usava o sistema internacional de compensação paralelo, conhecido como operações dólar-cabo, ou ordens de pagamento internacionais emitidas por instituições financeiras brasileiras com base em contratos de câmbio “manifestadamente fraudulentos”. Os acordos eram fixados com empresas-fantasmas e não habilitadas a operar no comércio exterior.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?