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Operação Prelúdio ataca lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Durante o período de sete anos, segundo a investigação da PF, chefe da organização movimentou mais de R$ 54 milhões de reais

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ANTÔNIO MORE/AG. DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO/agência estado
Empreiteiro é ‘efetivo mandante’ de propinas na Petrobras, diz Lava Jato
1 de 1 Empreiteiro é ‘efetivo mandante’ de propinas na Petrobras, diz Lava Jato - Foto: ANTÔNIO MORE/AG. DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO/agência estado

A Polícia Federal (PF) abriu nesta quinta-feira (2/8) a Operação Prelúdio contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. Em nota, a PF informou que 30 policiais federais cumprem, nas cidades de São Paulo, Salvador e Valença (BA), seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além de bloqueio de valores em contas bancárias e de imóveis adquiridos com recursos do tráfico de drogas.

A operação é desdobramento de uma apreensão de 810 kg de cocaína no ano de 2016, na cidade de Camaçari (BA). A droga seria enviada para a Bélgica, escondida numa carga de polpa de frutas, em um contêiner. A investigação apontou também que os investigados já tinham sido presos no ano de 1993 pelo mesmo crime, quando tentavam enviar cocaína para os Estados Unidos através do Porto de Fortaleza.

“Foi possível identificar que o chefe da organização criminosa utilizava empresas de fachada, sediadas na cidade de Valença (BA), para realizar exportações de cargas lícitas, onde as drogas eram ocultadas e transportadas para a Europa”, informa o comunicado da PF.

Também foi comprovado, segundo a investigação, que o líder do esquema construiu um patrimônio superior a 30 milhões de reais nos últimos anos. “Mesmo sem possuir uma atividade lícita para a obtenção desse montante, e que, entre 2010 e 2017, movimentou mais de R$ 54 milhões de reais em contas bancárias dele e da sua esposa”, diz a PF.

Os alvos dos mandados de prisão são do estado de São Paulo, mas moram em Salvador, onde o chefe da organização criminosa cumpre prisão domiciliar após duas detenções em 2016 e 2017. A primeira pela posse dos 810 kg de cocaína, e a segunda por quebra da prisão domiciliar ao tentar embarcar para São Paulo usando documentação falsa. Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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