Operação no Complexo do Alemão: quem são os mortos já identificados
Segundo a Polícia Militar, 19 pessoas morreram na quarta operação mais letal do Rio de Janeiro; 11 suspeitos já foram identificados
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Dos 19 mortos na operação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Civil no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, na quinta-feira (21/7), 16 são apontados pela polícia como suspeitos. A ação realizada pelo Bope e pela Core é a quarta mais letal da história do Estado do Rio.
Nesta sexta-feira, em mais um confronto no Alemão, uma moradora identificada como Solange Mendes morreu com um tiro na cabeça.
De acordo com a PM, objetivo da operação de quinta-feira era combater o roubo de veículos, de carga e a bancos. Em nota, a corporação afirma que todos os suspeitos que foram feridos deram entrada em unidades de atendimento da região, mas não resistiram. Além dos suspeitos e de Solange, também morreram um policial militar e uma mulher que saía da comunidade.
Segundo o Bom Dia Rio, da TV Globo, 11 suspeitos já foram identificados:
- Anderson Luiz Bezerra Fonseca – duas anotações por tráfico
- Bruno Luiz Soares da Silva – duas anotações por tráfico e roubo
- Bruno Neves Leal – duas anotações por tráfico
- Diego Barbosa da Silva – uma anotação por tráfico
- Emerson de Souza Teixeira – sete anotações por tráfico e outros crimes
- Fernando Nascimento da Silva – duas anotações por tráfico e porte ilegal de arma
- Gabriel Farias da Silva – seis anotações por tráfico e outros crimes
- Roberto de Souza Quimer – duas anotações por tráfico
- Luiz Claudio Rozendo Lopes Junior – sem anotação
- Marcos Paulo Nascimento da Silva – sem anotação
- Wellington Moura da Silva Júnior – sem anotação
Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, moradora do Recreio dos Bandeirantes foi uma das vítimas da ação. Segundo o namorado e um amigo dela, a mulher, que estava na comunidade para visitar o companheiro, foi baleada dentro do carro, quando saía do local.
De acordo com eles, não havia confronto no local que estavam. “Deram tiro numa mulher trabalhadora, que está lá morta, por despreparo policial”, disse Jaime Eduardo da Silva, primo de Denilson Glória, namorado da vítima.
Além de Letícia, também foi morto o cabo Bruno de Paula Costa, de 38 anos, que estava dentro da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha quando foi baleado no pescoço.
O policiamento está reforçado na região do Complexo do Alemão nesta sexta-feira após a operação que deixou 18 mortos. O Instituto Fogo Cruzado registrou ocorrência de tiros na comunidade.