Operação na Maré prende integrantes de facção que movimentou R$ 43 mi
Facção movimentou R$ 43 milhões em menos de um ano. Três pessoas foram presas no Espírito Santo
atualizado
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![Foto colorida de mulher sendo presa - Metrópoles](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/29143124/Operacao-no-Complexo-da-Mare-1.jpg)
A Operação Conexão Perdida, das polícias civis do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, com apoio da PM, prendeu, até o momento, seis pessoas. As forças de segurança realizaram uma caçada a chefes do Terceiro Comando Puro (TCP) e também a criminosos de outros estados que têm ido para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, se esconder na favela.
O que está acontecendo?
- A Operação Conexão Perdida visa combater as atividades criminosas do TCP, que tem como chefes no Espírito Santo os irmãos Bruno Gomes de Faria e Luan Gomes de Faria, conhecidos como “irmãos Vera”, e Marcos Luiz Pereira, vulgo “MK”.
- A operação aconteceu simultaneamente no Espírito Santo e Rio de Janeiro.
- Participam da ação 60 policiais no Espírito Santo e mais de 250 policiais no Rio de Janeiro incluindo policiais do BOPE, com apoio de blindados e helicópteros blindados.
Três pessoas foram presas no Espírito Santo. Entre elas um empresário do ramo da internet que se juntou à facção, uma familiar de Luan Gomes de Faria e um indivíduo por tráfico de drogas. Já no Rio de Janeiro outras três pessoas foram presas. Até o momento ocorreram seis prisões.
Veja alguns momentos da operação:
Como a facção atuava?
- A facção TCP atuava, principalmente, através da extorsão de empresários de provedores de internet e de serviços de gás e água. As empresas eram obrigadas a pagar uma mensalidade que poderia chegar a R$ 10 mil para operar em áreas controladas pela facção.
- Um empresário do ramo de internet também se juntou à facção e passou a danificar o cabeamento de empresas rivais para forçar os moradores a se tornarem seus clientes. A facção, nesse caso, tornou-se uma espécie de “sócia” do empresário.
- Para receber os valores ilícitos, a facção utilizava diversas contas bancárias, incluindo as de uma lotérica e de um “banco paralelo” localizado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
- Esses locais eram usados para lavar o dinheiro ilícito gerado pelo tráfico de drogas da Maré e do próprio TCP de Vitória, chegando a movimentar cerca de 43 milhões de reais em menos de um ano.
As equipes realizam buscas na Baixa do Sapateiro, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Conjunto Esperança, Conjunto Pinheiros, Nova Maré, Salsa e Merengue, Timbau, Vila do João, Vila dos Pinheiros.
Em sua página no X, a Polícia Militar pede a ajuda da população na denúncia de criminosos e esconderijo de armas e de drogas. Ligue 190.