Operação prende quadrilha cujo líder comprou Porsche de Daniel Alves
Todo o esquema foi montado com a principal finalidade de desviar dinheiro público e promover o enriquecimento ilícito da referida Orcrim
atualizado
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A operação Maligno, desencadeada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), prendeu cinco pessoas, nesta quinta-feira (16/5). A organização criminosa é acusada de fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público e crimes de peculato. O líder da quadrilha comprou o Porsche vermelho, modelo Carrera 911, ano 2021, avaliada em R$ 828 mil, do ex-jogador da Seleção Brasileira condenado por estupro Daniel Alves.
O veículo foi apreendido em Petrolina (PE), onde mora o suposto líder. O carro ainda está no nome do jogador e não foi transferido para a posse oficial da quadrilha.
A operação cumpriu um mandado de prisão em Maceió, três em Petrolina, e um na cidade de Japaratinga (AL). Além do carro, a operação apreendeu R$ 649 mil, dados telemáticos, automóveis de luxo e o sequestro de um Hotel Fazenda, na cidade de Sento Sé, na Bahia, indicado como propriedade do casal apontado como líder da organização criminosa, da qual, a cooperativa de fachada oferecia uma série de serviços.
Oito mandados de busca e apreensão também foram executados nas mesmas localidades. Todo o esquema foi montado com a principal finalidade de desviar dinheiro público e promover o enriquecimento ilícito da referida Orcrim.
Através de uma pseudocooperativa de prestação de serviço, com sede em Maceió, o grupo firmou contratos milionários com 20 municípios de Alagoas, movimentando R$ 243 milhões entre outubro de 2020 e março de 2023.
Segundo o MPAL, houve uma movimentação atípica de R$ 46 milhões entre as contas pessoais dos criminosos ou pessoas jurídicas criadas especificamente para a lavagem de dinheiro público.
O Ministério Público ainda conseguiu que a 17ª Vara Criminal da Capital determinasse o bloqueio e sequestros de bens dos denunciados no valor de R$ 46 milhões.
Foram descobertos contratos estabelecidos com os municípios de Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, Estrela de Alagoas, Tanque d’Arca, Porto Calvo, Taquarana, Poço das Trincheiras, São Luís do Quitunde, Limoeiro de Anadia, Senador Rui Palmeira, Chã Preta e Flexeiras. Segundo as investigações, tais contratos foram firmados por meio de licitações por “carona”, ou seja, através de atas de adesão ao registro de preço, modalidade licitatória que facilita a contratação.