Operação investiga empresas acusadas de fraudar merenda escolar no RJ
Com operação deflagrada nesta sexta-feira (26/06), 64 mandados de busca e apreensão e prisão temporária foram cumpridos no estado
atualizado
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A Operação Prandium, que investiga empresários acusados de fraudes na compra de merenda e equipamentos para escolas estaduais no Rio de Janeiro, foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (26/06). Foram 64 mandados de busca e apreensão e prisão temporária cumpridos na cidade do Rio e na Baixada Fluminense.
Comandada pelo Ministério Público Estadual (MPRJ), e deflagrada pelo 20º Departamento de Polícia, a investigação descobriu 10 empresas envolvidas nas fraudes, que podem ter recebido até R$ 50 milhões dos cofres do estado. A 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital que autorizou os mandados expedidos.
O empresário Mauro Della Vieira Braga, dono da Fox Comércio e Prestação de Serviços, foi preso durante operação (foto em destaque). A empresa foi aberta em 2014 com sede em Nilópolis. As investigações iniciaram há cinco meses e buscam pela organização criminosa acusada de superfaturar os preços dos produtos comprados por empresas de “laranjas”.
Segundo o delegado responsável pelo caso, André Neves, os empresários pagavam propinas a diretores das escolas para efetuar as compras. O grupo também agiu no período de suspensão das aulas por conta do novo coronavírus, na compra e distribuição de cestas básicas aos alunos.
Em nota, a Secretaria estadual de Educação (Seeduc) disse que os diretores investigados vão ser afastados dos cargos. “A Secretaria de Estado de Educação esclarece que apenas repassa a verba para a compra de alimentos para as escolas e que a escolha de fornecedor e compra de alimentos é feita pelas direções das unidades. Vale destacar que os diretores não são escolhidos pela Secretaria. Eles são eleitos pela própria comunidade escolar”, defendeu.