Operação Greenfield acusa 12 de fraudes em fundos de pensão
Além de funcionários de Petros e Postalis, 3 bancos e uma corretora foram acionados. Gestores teriam agido com “displicência proposital”
atualizado
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A força-tarefa de procuradores da Operação Greenfield acionou 12 pessoas na Justiça por cometerem improbidade administrativa. Os bancos Santander, Finaxis, Trendbank e a corretora Planner também responderão por alegado prejuízo milionário provocado aos fundos de pensão Petros e Postalis.
A acusação refere-se a contribuições realizadas no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Trendbank, que teriam incluído atos fraudulentos, desvio de recursos e emissão de duplicatas simuladas. O investimento feriu as normas e políticas dos fundos e acarretou “prejuízo aos planos de benefícios e seus participantes”.
A força-tarefa do Ministério Público constatou que, em poucos anos, os ativos se dissiparam quase totalmente. As manobras foram viabilizadas a partir da participação concorrente de diretores das instituições financeiras responsáveis pela administração – Finaxis, Planner – e pela custódia do FIDC – o Santander. Enquanto isso, gerando conflito de interesses, a Trendbank Fomento, como gestora do fundo, acumulou funções que seriam de outros agentes.
A Tredbank avaliou, selecionou, guardou e cobrou os direitos creditórios adquiridos pelo FIDC, permitindo, por exemplo, a aquisição de créditos cedidos por empresas fantasmas ou em recuperação judicial. O fundo servia “apenas como um meio para o desvio de recurso dos cotistas”, alegam os procuradores. Teria havido “displicência proposital” dos gestores, segundo a ação.
Os procuradores pedem mais de R$ 560 milhões, a título de ressarcimento. O valor equivale ao triplo dos danos causados no esquema.