Falsas promessas: jogos de azar levam mais um influencer para a prisão
Além do influenciador, Ramhon Dias, o rifeiro José Roberto também foi preso na operação que cumpria 50 mandados judiciais em 4 estados
atualizado
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Depois da influencer Deolane Bezerra, o influenciador baiano Ramhon Dias foi preso por compor organização criminosa suspeita de fazer lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, por meio jogos de azar. Além dele, o rifeiro José Roberto também foi detido em uma operação da Polícia Civil em Salvador nesta quinta-feira (5/9).
Ramhon e José Roberto ficaram conhecidos por divulgar, nas redes sociais, premiações e rifas. Um dos sorteios divulgados pelos dois prometia a quantia de R$ 400 mil.
O influenciador tem mais de 440 mil seguidores e se apresenta como empresário e “máquina de prêmios”, porém nesta quinta-feira (5/9) ele apagou todas as postagens da conta.
Segundo o G1, em julho, Rhamon foi baleado no braço em Salvador por um suspeito que o perseguiu em meio a disparos de tiro. O carro dele, uma luxuosa Land Rover, ficou baleado.
Já o rifeiro manteve um único perfil ativo nas redes sociais, chamado de “reserva” que só conta com três publicações de supostos clientes recebendo prêmios.
Segundo a polícia, ao longo da operação, um terceiro suspeito reagiu à prisão e na troca de tiros com a polícia, morreu. O homem foi identificado como Sueliton de Almeida Coelho, suspeito de chefiar o tráfico de drogas no bairro Nordeste de Amaralina. Não foi divulgada a relação do morto com os dois presos.
A operação da Polícia Civil, além do rifeiro, influencer e do chefe do tráfico, cumpriu mais de 50 mandados judiciais na Bahia, Goiás, Espírito Santo e Ceará.
A operação “Falsas Promessas” é feita pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) com parceria dos departamentos Especializado de Investigações Criminais (DEIC), de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia do Interior (Depin), das Coordenações de Operações e Recursos Especiais (Core), de Operações de Polícia Judiciária (COPJ) e da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol). As polícias civis de Goiás, Ceará e Espírito Santo também participam da operação.