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MT: ex-PF, empresária e médico são suspeitos de golpe milionário

Grupo investigado pela polícia teria articulado pirâmide financeira em MT, com dezenas de vítimas e prejuízo avaliado em R$ 2,5 milhões

atualizado

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1 de 1 imagem colorida de operação cleópatra - Foto: Divulgação/PCMT

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (31/10), a Operação Cleópatra, com o intuito de desarticular um suposto grupo criminoso, formado por um ex-policial federal, a ex-mulher dele e um médico. Eles são suspeitos de aplicar golpes financeiros milionários, a partir de um esquema de pirâmide.

Dezenas de pessoas em Mato Grosso, incluindo até mesmo familiares, amigos e colegas de trabalho dos investigados foram vítimas do golpe. O prejuízo final, segundo o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, foi de cerca de R$ 2,5 milhões.

O Metrópoles apurou que os alvos da operação foram a empresária Taiza Tosatt Eleotério da Silva, o ex-PF Ricardo Mancinelli Souto Ratola e o médico Diego Rodrigues Flores. Os três são sócios da empresa DT Investimentos e são investigados já há algum tempo pelos prejuízos gerados, com vítimas não só em MT, mas também em cidades de São Paulo.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra Taiza, assim como mandados de bloqueio de bens e de suspensão da atividade econômica da empresa. Ela é apontada como a líder do esquema criminoso e se apresentava aos clientes como especialista em investimentos.

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Operação Cleópatra, em Mato Grosso
Veículo apreendido na Operação Cleópatra, em Mato Grosso
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Veículo apreendido na Operação Cleópatra, em Mato Grosso

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Promessa de lucros diários de 2% a 6%

Segundo a polícia, Taíza utilizava as redes sociais para atrair as vítimas, mostrando-se como uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida e articulada. O ex-policial federal Ricardo Ratola era o gestor de negócios da empresa e o médico Diego Flores atuava como diretor administrativo.

Eles abordavam as vítimas, prometendo investimentos em ações com lucros diários de 2% a 6%. De acordo com a investigação, Taiza convencia as pessoas a fazerem investimentos de altos valores, acima de R$ 100 mil iniciais.

Nos primeiros meses, para manter o incentivo dos clientes e a continuidade dos investimentos, o grupo garantia certo retorno financeiro. Porém, depois de algum tempo, deixava de repassar valores referentes aos lucros. Ao ser procurada pelas vítimas, segundo a polícia, Taiza inventava desculpas e até deixava de responder mensagens.

A empresária foi presa nesta quinta no aeroporto de Sinop (MT), ao retornar de uma viagem feita ao Nordeste. Os mandados da Operação Cleópatra foram cumpridos, ainda, em Cuiabá, Jaciara e Rondonópolis, em Mato Grosso.

O nome da operação, de acordo com a polícia, foi escolhido em referência à principal investigada, “que, assim como a rainha do Egito, atraía e exercia grande influência nas pessoas devido a sua beleza, riqueza e boa habilidade comunicativa”.

Material apreendido

Durante as buscas, foram apreendidos uma caminhonete Ford Ranger e diversos documentos. Na casa de Taiza, os agentes encontraram uma caixa com folhas de cheques, todas de alto valor, além de munições de uso restrito pertencentes ao atual companheiro da empresária.

Apesar do prejuízo avaliado inicialmente em R$ 2,5 milhões, o delegado Rogério Ferreira acredita que o montante pode ser muito maior, pois existem possíveis vítimas que, ainda, não registraram ocorrência.

Taiza, o ex-PF e o médico respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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