Operação da PF mira compra superfaturada de respiradores no Rio de Janeiro
O prejuízo estimado aos cofres públicos com as supostas irregularidades chega a R$ 2 milhões
atualizado
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A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (6/10), cinco mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento de função pública nos municípios de Japeri e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A operação, batizada de Apneuse, investiga a compra de respiradores obsoletos e com preços superfaturados para o tratamento da Covid-19.
As investigações começaram em junho deste ano e contaram com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O prejuízo estimado aos cofres públicos com as supostas irregularidades cometidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Japeri chega a R$ 2 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes previstos na Lei de Licitações e por peculato, quando o agente público, em razão de seu cargo, se apropria de bens ou valores.
Investigação
A investigação aponta indícios de irregularidades na compra de 10 respiradores pulmonares, fabricados nas décadas de 1980 e 1990, sem certificação junto à Anvisa desde o ano de 2000, por preço superior aos praticados no mercado para compra de um respirador novo. A Secretaria Municipal de Saúde também adquiriu 20 monitores cardíacos, 5,6 mil equipos (enterais, paraenterais e fotossensíveis) e 50 bombas infusoras, no valor total de R$ 1,8 milhão.
O município de Japeri (RJ) já recebeu cerca de R$ 24.380.227,32 repassados pelo SUS em 2020. Desse valor, R$ 5.194.836,92 são especificamente para ação de prevenção e combate à Covid-19. O sobrepreço na compra de bombas infusoras foi de R$ 210.317,50. (Com informações da PF e CGU)