Operação da PF destrói mais de 220 dragas de garimpo ilegal
Dragas foram destruídas na calha do Rio Madeira, no Amazonas, em ação conjunta da Funai, PF e Ibama
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal realiza uma força operacional para proteger 15 mil indígenas no Amazonas. Nesta semana, 223 dragas de garimpos ilegais foram destruídas na calha do Rio Madeira, no Amazonas. A Operação Prensa conta com ação conjunta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A operação tem como objetivo proteger os territórios Arary, Cunhã Sapucaia, Lago do Limão, Setemã, Igarapé Açú e Kawa, de acordo com a Funai. Ao menos 30 dragas estavam em terras indígenas, entre as balsas destruídas no Rio Madeira e seus afluentes, Rio Aripuanã e Rio Manicoré.
“A prática da atividade na região, além de causar danos ao meio ambiente e à saúde pública em virtude da contaminação do rio por mercúrio e cianeto, também interfere na cultura de povos tradicionais, uma vez que áreas indígenas chegaram a ser invadidas pelos criminosos na região”, diz a PF
As expectativas dos agentes são de superar a operação “Draga Zero”, que destruiu 302 balsas de garimpo ilegal na mesma região, ano passado. De acordo com a PF, a ação é por tempo indeterminado.
“Os criminosos invadem as terras indígenas e levam álcool e drogas para as aldeias, o que causa a desestruturação social e cultural dos povos indígenas. Também há denúncias de assédio praticadas pelos garimpeiros contra jovens indígenas”, salientou a Funai.