Operação da PF contra CACs prendeu 49 pessoas em situação irregular

A Operação da Polícia Federal que mira caçadores, colecionadores e atiradores (CACs) em situação irregular prendeu 49 pessoas. O balanço foi anunciado pelo ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4/5).

Os CACs que são alvo da operação têm mandados de prisão em aberto por crimes violentos ou dívidas de pensão alimentícia.

Segundo Dino, as armas em situação irregular estavam em posse de pessoas condenadas por crimes violentos porque reinava um “descontrole” no país.

“Armas que sumiram, de uso restrito, fuzil. E essa situação de pessoas que tinham condenação ou prisão preventiva e que tinham arma porque reinava o descontrole”, afirmou o ministro.

De acordo com Flávio Dino, a PF vai permanentemente fazer operação para tirar armas ilegais de circulação.

“Hoje a Polícia Federal está cumprindo mandados de prisão contra CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) que não preenchem requisitos legais de idoneidade para ter armas de fogo. Estas também estão sendo apreendidas. Será uma linha permanente de trabalho da PF”, afirmou Dino.

Além dos 49 presos até a tarde desta quinta, a polícia atua para cumprir outras dezenas de mandados de prisão de CACs ilegais, segundo o ministro da Justiça.

Veja os crimes dos atuais presos:

Homicídio – 9

Roubo – 5

Furto – 3

Tráfico de drogas – 4

Porte ilegal de arma – 4

Corrupção – 1

Crime ambiental – 1

Organização criminosa – 1

Violência doméstica – 1

Estelionato – 1

Constrangimento ilegal – 1

Extorsão mediante sequestro – 1

Outros – 15

Após fim do cadastro

As prisões e apreensões contra CACs ilegais realizadas pela PF acontecem um dia depois do encerramento do prazo para recadastramento de armas de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), administrado pela Polícia Federal. A operação foi batizada de Day After. Segundo a PF, 99% das armas nas mãos de caçadores, atiradores e colecionadores foram recadastradas.

Balanço final da PF aponta que, terminado o prazo nesta terça, foram cadastradas 939.154 armas – quase 6 mil a mais que os 933.233 registros que existiam anteriormente no sistema Sigma, do Exército, que será descontinuado.