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Operação da PF apura fraudes na Codevasf, órgão sob comando do Centrão

Um empresário foi preso temporariamente. Agentes também cumprem mandado de busca em apreensão na superintendência do órgão, no Maranhão

atualizado

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Dinheiro apreendido durante operação que apura fraudes na Codevasf, orgão sob o comando de entidades do chamado "centrão". Na foto, maços de dinheiro são agrupados sob colchão e mala azul aparece ao lado - Metrópoles
1 de 1 Dinheiro apreendido durante operação que apura fraudes na Codevasf, orgão sob o comando de entidades do chamado "centrão". Na foto, maços de dinheiro são agrupados sob colchão e mala azul aparece ao lado - Metrópoles - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (20/7), a Operação Odoacro para investigar supostas fraudes em contratos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão sob comando do Centrão, com a empreiteira Construservice.

Durante a ação, um empresário, apontado como sócio oculto da empreiteira, foi preso temporariamente. Agentes também cumpriram mandado de busca em apreensão na superintendência da Codevasf no Maranhão.

O preso na operação da PF é Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador ou Eduardo DP.

Nos locais onde a PF esteve, foram apreendidos relógios de luxo e R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo. Além disso, a polícia encontrou relógios de luxo.

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Dinheiro apreendido durante operação que investiga fraude na Codevasf
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Relógios de luxo apreendidos durante operação que investiga fraudes na Codevasf

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Dinheiro apreendido durante operação que investiga fraude na Codevasf

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As investigações apontam para a existência de um suposto esquema de lavagem de dinheiro, feito a partir do desvio de verbas públicas vindas de licitações fraudadas. O grupo criava empresas de fachada para concorrer a licitações e fazer da empreiteira investigada a vencedora de contratos milionários com a Codevasf.

O esquema operava pelo menos desde 2015. À época, a Polícia Civil identificou uma associação criminosa que desviava recursos públicos no município de Dom Pedro/MA. Segundo a PF, mesmo após a operação, o esquema cresceu e alterou a origem da verba, agora vinda de recursos federais.

“O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, diz a nota da PF.

No total, foram cumpridos 16 mandados de busca e um de prisão temporária. A operação foi deflagrada em São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas.

Os crimes investigados são fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Centrão

A Codevasf foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Centrão, grupo coordenado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), em troca de apoio político no Congresso.

Em 2021, deputados e senadores destinaram o equivalente a 61% da dotação orçamentária total da empresa.

Outro lado

Em nota, a Codevasf afirmou que os dois convênios que motivaram as ações de busca e apreensão não são de responsabilidade da organização.

“Em qualquer caso, no contexto da execução de convênios, compete às prefeituras municipais realizar os procedimentos licitatórios e as contratações necessárias ao emprego adequado de recursos orçamentários.

A Codevasf colabora com o trabalho das autoridades policiais e proverá suporte integral às investigações. A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de seus projetos de desenvolvimento regional. Por rigor no controle de procedimentos, a Empresa submeterá à avaliação de sua Auditoria Interna todos os contratos firmados com a empresa Construservice.”, afirma o pronunciamento.

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