Operação contra feminicídio prende 1.027 no Brasil. Veja vídeo
Mais de 6.600 policiais civis de todo o país estão participando das ações, que visam combater os crimes de violência contra mulher
atualizado
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O Ministério da Segurança Pública (MSP) atualizou o número de presos na Operação Cronos, deflagrada nesta sexta-feira (24/8) em todo o país. Até o momento, 1.027 pessoas foram presas e 75 adolescentes apreendidos. Dentre os detidos, 14 são acusadas da prática de feminicídio, 225 por homicídio, 143 por crimes relacionados à Lei Maria da Penha e 421 por delitos diversos.
A força-tarefa foi definida em julho, e conta com a participação do Ministério da Segurança Pública em conjunto com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia. Mais de 6.600 policiais civis de todo o Brasil participam das ações, que visam combater os crimes de homicídio e feminicídio.
De acordo com o último balanço, também foram autuados em flagrante 224 indivíduos pelos delitos de tráfico de drogas e posse/porte irregular de arma de fogo, entre outros. As equipes apreenderam 66 armas de fogo e aproximadamente 150kg de entorpecentes.
Segundo o Ministro Raul Jungmann, a operação integrada é um exemplo de como funcionará o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), em vigor desde junho, após a sanção da Lei nº 13.675/2018.
“O que nos importa é a proteção e a garantia da vida, sobretudo combater o feminicídio, esse crime covarde e inaceitável. Todos são [crimes inaceitáveis], mas alguns são mais graves e repulsivos, sobretudo contra mulheres”, afirmou Jungmann.
Para o chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, esse é o trabalho prioritário das polícias civis que têm procurado, nessa parte operacional, mostrar para a sociedade brasileira o quanto é importante a investigação criminal e o quanto ela pode ser efetiva no combate à criminalidade.
Por que Cronos?
Cronos era uma das palavras usadas pelos antigos gregos para se referir ao tempo (a outra era kairós). O nome da operação desta sexta-feira está relacionada com a supressão do “tempo de vida da vítima”, reduzido pela mão algoz do autor do homicídio/feminicidio. É a retirada da possibilidade de transcurso natural da vida das pessoas, ceifadas de seu tempo e da sua vida. “Ao mesmo tempo, com a prisão do autor do crime, retiramos dele o ‘tempo’ de prática de novos delitos”, explicou o delegado Emerson Wendt.