Operação prende 643 no Brasil e 24 no DF por violência contra mulher
Mais de cinco mil policiais foram às ruas em todo o país para cumprir mandados de prisão por crimes como feminicídios
atualizado
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Em uma ação com quase cinco mil policiais em todo o país, a Operação Cronos já prendeu 643 pessoas durante a manhã desta sexta-feira (24/8) por crimes por homicídio, feminicídio e descumprimento de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. Sessenta e um adolescentes também foram apreendidos.
No DF, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, informou que até o momento foram 24 prisões por homicídios, além de uma por feminicídio.
Além disso, três mandados de prisão foram expedidos no âmbito da Lei Maria da Penha. O delegado disse considerar que somente um trabalho de repressão qualificado, aliado a uma mudança de cultura no país, será possível reverter essa escalada de violência.
A operação de alcance nacional foi deflagrada para prender autores de crimes e tentativas de feminicídios e homicídios. A ação conta com trabalho integrado das polícias civis de todo o país e com o apoio do Ministério da Segurança Pública (MSP), do Ministério Público e do Judiciário. Trinta e duas armas também foram apreendidas durante a operação. Os dados foram apresentados pelo ministro da Segurança Nacional, Raul Jungmann.
A expectativa é que a operação atinja mil pessoas até o fim do dia, conforme informado pelo presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt. Um novo balanço deve ser apresentado pelas autoridades às 17h.
A força-tarefa desta sexta é um exemplo de trabalho integrado considerado foco do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), em vigor desde junho, após a sanção da Lei nº 13.675/2018. A iniciativa conta com a atuação das polícias, governo, estados e municípios para combater crimes contra a vida.
“Isto é, na prática, o Sistema Único de Segurança Pública e vamos ter cada vez mais operações nacionais e sobretudo, operações integradas, no combate ao crime e buscando a segurança dos brasileiros. É isso que queremos, dar rumo à segurança pública no Brasil”, afirmou Jungmann.