metropoles.com

ONU menciona caso do menino Miguel como exemplo de “racismo sistêmico”

Garoto que morreu ao cair do 9º andar de prédio da patroa da mãe é citado como exemplo de que certas populações são vulneráveis na pandemia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
(Reprodução/Facebook)
miguel-elevador-recife-850×491-2
1 de 1 miguel-elevador-recife-850×491-2 - Foto: (Reprodução/Facebook)

Em um documento produzido pelo Grupo de Trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Pessoas de Ascendência Africana, o caso do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio de luxo no dia 2 de junho, em Recife (PE), foi citado como um exemplo de racismo sistêmico na pandemia. As informações são do jornalista Jamil Chade do portal UOL.

No documento, o caso brasileiro é mencionado como uma demonstração de que certas populações são vulneráveis durante a pandemia e que a situação das empregadas domésticas no país é exemplo disso.

“No Brasil, as trabalhadoras domésticas são considerados essenciais. Escolas e creches foram fechadas, por isso Miguel acompanhou sua mãe, Mirtes Santana, ao trabalho”, diz o Grupo de Trabalho da ONU.

No momento da queda de Miguel, Mirtes passeava com a cadela da família dos patrões. A criança estava sob os cuidados da primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real. De acordo com as investigações, Sarí deixou o menino sozinho em um elevador do condomínio onde mora. Ele foi até ao 9º andar, deixou o elevador, subiu em um parapeito e caiu.

O texto também ressalta: “Em todo o mundo, falhas em avaliar e mitigar riscos associados à pandemia e ao racismo sistêmico levaram a fatalidades”.

O governo poderá dar uma resposta nesta quarta-feira (30/9) , durante o debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU que irá tratar do tema.

Outras menções ao Brasil

O Brasil também é mencionado sobre as operações militares nas favelas. De acordo com o documento, nos últimos três meses houve um crescimento de 36% nas mortes por policiais. “Brasileiros de ascendência africana se queixam de impunidade e a falta de recursos”, declara o Grupo de Trabalho sobre Pessoas de Ascendência Africana.

5 imagens
Miguel e a avó
Miguel com a mãe, Mirtes Renata Santana
Miguel morreu após cair do 9º andar de um prédio em Recife
Miguel caiu de uma altura aproximada de 35 metros
1 de 5

Sarpi Corte Real, do caso Miguel, em entrevista ao Fantástico

Reprodução
2 de 5

Miguel e a avó

Mirtes Renata Santana de Souza
3 de 5

Miguel com a mãe, Mirtes Renata Santana

Arquivo pessoal
4 de 5

Miguel morreu após cair do 9º andar de um prédio em Recife

Arquivo pessoal
5 de 5

Miguel caiu de uma altura aproximada de 35 metros

(Reprodução/Facebook)

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?