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ONG fará ato por crianças desaparecidas na Baixada Fluminense

Rio de Paz colocará placas com informações sobre os jovens junto às de crianças mortas por balas perdidas no Rio de Janeiro

atualizado

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Rio de Janeiro – Para marcar um mês do desaparecimento dos meninos Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a ONG Rio de Paz promoverá um ato. Ao lembrar o caso, o objetivo contribuir para que sejam fornecidas pistas sobre o paradeiro deles, o que não existe até o momento.

Na ação serão colocadas três placas com informações sobre os meninos na instalação permanente da ONG, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul da capital. Elas estarão ao lado de nomes de crianças que foram mortas vítimas de balas perdidas no estado do Rio de Janeiro.

“Três meninos pobres desaparecidos. Por que o Rio de Janeiro inteiro não os está procurando? Viveremos numa cidade cujas relações humanas sejam tão belas quanto a sua geografia no dia em que a vida dessas crianças for levada a sério pela sociedade e poder público”, disse Antonio Carlos Costa, presidente da ONG.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pela investigação do caso, segue em busca de pistas sobre o paradeiro dos meninos, mas ainda não tem indicações concretas sobre o que aconteceu com o trio. Para os investigadores do caso, o desaparecimento dos jovens está relacionado ao tráfico de drogas na comunidade Castelar, onde moram.

Uma das primeiras linhas de investigação apontavam para a hipótese de que eles teriam sido punidos após um deles ter roubado uma gaiola de passarinho de um parente de um dos traficantes do local.

A polícia aguarda ainda o resultado do exame de DNA feito em uma camiseta com sangue na própria comunidade em que eles moravam. Também colheu material genético das mães dos três desaparecidos. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) dá apoio às investigações.

Hanna Silva, de 24 anos, mãe de Alexandre, mantém a fé e a esperança de que os meninos vão voltar, com vida, para suas famílias. No entanto, sofre com a angústia da falta de informações e de pistas reais sobre a localização das crianças. “Só Deus mesmo para nos dar uma solução, uma pista de onde essas crianças podem estar. Só Ele mesmo”, lamenta.

Relembre o caso

Os primos Alexandre da Silva, de 10 anos, e Lucas Matheus, de 8 anos, e o colega Fernando Henrique, de 11 anos, desapareceram no dia 27 de dezembro. Eles não voltaram de um jogo de futebol em um campinho no condomínio onde moram e nunca mais foram vistos.

A polícia não teria encontrado câmeras que tenham registrado o sumiço dos meninos ou testemunhas do momento em que sumiram.

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