ONG estende lenços em Copacabana em memória das vítimas da Covid
Rio de Paz colocou 600 lenços na praia do Rio, nesta sexta-feira (8/10), em homenagem aos 600 mil mortos pela doença em todo o Brasil
atualizado
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Rio de Janeiro – A Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, amanheceu esta sexta-feira (8/10) com 600 lenços brancos estendidos na areia. A ação consiste em uma homenagem feita pela ONG Rio de Paz aos mais de 600 mil mortos pela Covid-19. No próximo dia 19, data do encerramento da CPI da Covid, o material será entregue ao vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede), em Brasília (DF).
Os lenços foram pendurados com pregadores pretos nos varais. Quatro faixas contra a política sanitária do governo federal também foram fincadas na areia. Uma delas apresenta a pergunta: “Quem são os responsáveis por esta tragédia?”. As outras contêm as seguintes palavras: incompetência, irresponsabilidade e insensibilidade.
“Ao fim da manifestação, os lenços forem entregues ao taxista Marcio Antonio, que perdeu o filho para a Covid em abril do ano passado. Marcio se tornou símbolo dessa luta quando recolocou as cruzes na areia de Copacabana, durante uma de nossas manifestações, retiradas por um homem contrário aos nossos atos”, disse o presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.
Lenços para Brasília
Os lenços serão levados por Marcio Antonio e pela ONG Rio de Paz até Brasília, na data de encerramento da CPI da Covid. O material será entregue ao senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI.
“Houve um morticínio no Brasil: 600 mil mortos pela Covid-19. Se queremos tirar alguma lição dessa espantosa perda de vidas, a fim de que sofrimento como esse não se repita no nosso país, precisamos responder a uma pergunta central: quem são os responsáveis por esta tragédia?”, questiona o presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.
“Três palavras sintetizam os erros cometidos pelo governo federal, principal responsável por estatística que nos põe no topo do número de óbitos no mundo: incompetência, irresponsabilidade e insensibilidade”, diz o representante da entidade.