ONG encontra mais 23 botos mortos ao longo do Rio Amazonas
A suspeita é de que os animais tenham morrido devido à seca extrema que atinge a Região Norte do país
atualizado
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A ONG Sea Shepherd Brasil informou, nesta sexta-feira (27/10), ter encontrado mais 23 botos mortos ao longo do Rio Amazonas. A situação ocorre em meio à seca extrema que aflige a Região Norte do país.
Segundo a ONG, são 16 botos-cor-de-rosa e três tucuxis. Os animais estavam na região do Rio Coari, afluente do Rio Solimões.
“Os botos estão pagando o preço pela maior seca da história da Amazônia”, alertou a ONG em uma publicação no Instagram.
Os animais foram encontrados por pesquisadores do Sea Shepherd Brasil, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Mamirauá.
“Para esclarecer a causa das mortes, realizamos necropsias e coletamos amostras que serão analisadas em laboratório. Contudo, é possível relacionar as mortes com a seca, baixos níveis de água nos lagos e temperaturas altamente elevadas”, adiantou a Sea Shepherd Brasil.
Seca extrema no Amazonas
Segundo o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Rio Amazonas atingiu o nível de 38 centímetros na estação de Itacoatiara, município amazonense. A estiagem extrema tem deixado marcas por todo o estado.
Em outra estação de medição, em Parintins, o Rio Amazonas atingiu a marca preocupante de -211 centímetros, segundo o 45º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado nesta sexta.