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Onça da novela Pantanal nasceu em ONG multada por negligência

Instituto Onça-Pintada foi multado pelo Ibama em mais de R$ 450 mil após a morte de 72 animais por suposta negligência ou imperícia

atualizado

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Foto: TV Globo
onça pintada pantanal
1 de 1 onça pintada pantanal - Foto: Foto: TV Globo

A onça Matí, que contracena na novela Pantanal, da TV Globo, nasceu na ONG Instituto Onça-Pintada, multada em R$ 452 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devido à morte de 72 animais nos últimos sete anos.

Os óbitos dos bichos teriam ocorrido por negligência ou imperícia da ONG, diz relatório do Ibama revelado pelo Metrópoles neste domingo (21/8).

Tratam-se de onças, antas, veados, pássaros, lobos e macacos que morreram envenenados, predados por animais silvestres, picados por serpentes ou espancados por similares. Do total, 52 são espécies ameaçadas de extinção.

Além desses 72 óbitos por negligência ou imperícia, outros 53 animais morreram no criadouro desde 2017. O número de óbitos supera em três vezes o de nascimentos. “Considerando tratar-se de um criadouro de fauna silvestre para fins de conservação, pode-se afirmar que não tem atingido seu objetivo possuindo um saldo negativo, ou seja, mata mais animais que nascimentos no criadouro”, diz o Ibama.

A onça Matí tem três anos de vida. Ela nasceu no Instituto Onça-Pintada, em Mineiros (GO), mas vive desde o ano passado, após se tornar adulta, no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás.

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Primeira aparição do animal na novela
Onça Matí, da novela Pantanal, da TV Globo
Animal participa de cenas da nova Pantanal
Ele ficará aterrorizado pelo animal
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Onça Matí, da novela Pantanal, da TV Globo

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Primeira aparição do animal na novela

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Onça Matí, da novela Pantanal, da TV Globo

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Animal participa de cenas da nova Pantanal

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Ele ficará aterrorizado pelo animal

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Matí é considerada uma história de sucesso do criadouro. A onça teria sido escolhida para participar da novela por ser considerada um animal dócil.

A atriz Juliana Paes, que interpreta Maria Marruá em Pantanal, chegou a visitar o Instituto Onça-Pintada em maio deste ano. Na novela, a personagem dela se transformava em onça para se defender e proteger a filha, Juma.

“Quero convidar todo mundo para conhecer o instituto, entender o trabalho lindo que é feito aqui, de conservação, de pesquisa, de manutenção da esperança e do entendimento. As pessoas precisam entender que a gente faz parte disso e que a gente pode ajudar”, afirmou ela, em vídeo publicado nas redes sociais.

A TV Globo foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A assessoria da atriz Juliana Paes declarou que a profissional “não possui nenhum laço com a instituição”. Segundo a equipe da atriz, ela apenas foi “convidada para conhecê-los após o término das gravações da novela, mas não desenvolveu nenhum apoio ou parceria com eles. Principalmente após saber das denúncias de negligências, que até o momento da visita ela desconhecia”.

No âmbito do processo que corre no Ibama, contudo, a defesa do Instituto Onça-Pintada informou entender que a autuação merece ser anulada devido a “diversos vícios formais e rocedimentais que a maculam”.

“O criadouro está situado em área rural, contígua ao Parque Nacional das Emas, com incidência significativa de animais selvagens, podendo estar sujeito às intempéries inerentes à existência em tal ambiente, bem como ao lado de propriedades rurais onde circula a fauna típica da região. Por conhecer os riscos de ataques inerentes à sua localização, o IOP está atento às melhores técnicas aplicáveis e, para fins de garantir a segurança de suas instalações, os recintos são equipados com revestimentos e cercas de tela”, afirma os advogados.

Apesar dos 125 óbitos registrados nos últimos sete anos, o IOP nega haver um alto índice de mortandade no criadouro e assegura não ser possível atribuir as mortes a atos de negligência, imprudência ou imperícia.

Em nota ao Metrópoles, o Nex alegou que a onça Matí chegou ao instituto em janeiro de 2021. A associação afirma que trabalha pela “defesa e conservação da onça-pintada no Brasil” e que “preza pelo bem estar dos animais”. Além disso, “nega que tenha qualquer relação com a investigação e a multa dos quais a matéria trata”.

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