Ômicron prevalece em 98,7% das amostras analisadas no país, diz estudo
Foram analisadas 8.121 amostras entre os dias 2 e 8/1. Do total, 3.212 deram positivo para Covid e 3.171 indicava infecção da nova variante
atualizado
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O Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa, CDL e DB Molecular, divulgou uma nova análise sobre o monitoramento da nova variante da Covid-19, Ômicron.
O estudo foi feito a partir de 8.121 amostras coletadas entre os dias 2 e 8 de janeiro. Do total, 3.212 amostras tinham a presença de SARS-CoV-2, sendo que em 3.171 delas, equivalente a 98,7%, há a indicação de infecção pela variante.
Os três laboratórios parceiros realizaram um total de 58.304 testes em 478 municípios de 24 estados e do Distrito Federal desde o dia 1º de dezembro do ano passado. De acordo com o estudo, a Ômicron já está presente em 17 estados e no Distrito Federal, além de 191 municípios.
O instituto ainda aponta que, entre a última semana de 2021 e a primeira de 2022, ocorreu um aumento na positividade dos testes para SARS-CoV-2 de 13,7% para 39,5%
Este é o quarto levantamento feito pelo ITpS. A prevalência da variante foi de 9%, no estudo divulgado em 21 de dezembro; 31,7%, em 29 de dezembro; e 92,6%, em 6 de janeiro.
O instituto afirma que a nova variante “tem diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes), e uma em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (linhagem Ômicron BA.1). Quando esse trecho do gene S não é identificado no teste RT-PCR Especial, é possível indicar que se trata da Ômicron”.
O diretor-presente do ITpS, o imunologista Jorge Kalil, afirma que, “com os levantamentos, conseguimos acompanhar o avanço da Ômicron quase em tempo real, alertando o poder público e a população para a importância de não se abandonar as máscaras, como se chegou a cogitar, e do perigo de se planejar o Carnaval nesta fase da pandemia”.
“A experiência internacional com essa variante mostra que a doença se apresenta mais branda entre os vacinados, tendo os não vacinados 15 vezes mais possibilidade de forma grave e morte”, ele complementa.