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Oito pessoas são encontradas em situação análoga à escravidão. Veja

Além das condições degradantes do local, o local de trabalho não cumpria com as exigências legais para efetivação de uma obra

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Em meio a mofos na parede e extrema sujeira, oito pessoas que estavam trabalhando em condições análogas à escravidão foram resgatadas no bairro de Piatã, em Salvador (BA). O caso foi descoberto após uma operação realizada em uma construção civil, local onde ficavam as vítimas, por auditores-fiscais do trabalho do Grupo Especial de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo na Bahia, da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE-BA).

De acordo com relatório publicado pelos auditores responsáveis pela inspeção, as pessoas submetidas a essa condição foram recrutadas nos municípios de Nova Soure e Olindina, interior da Bahia, e chamadas para trabalhar em uma obra na capital baiana.

No entanto, quando chegaram ao local, foram surpreendidas por um canteiro em situação degradante.

Veja imagens do local:
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O caso aconteceu na Bahia
Mofo nas paredes
Muita sujeira
O estado estava de calamidade
Oito pessoas foram encontradas
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O caso foi descoberto após uma operação realizada em uma construção civil

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O caso aconteceu na Bahia

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Mofo nas paredes

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Muita sujeira

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O estado estava de calamidade

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Oito pessoas foram encontradas

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Extrema sujeira

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O caso é investigado

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Quartos

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Oito pessoas são encontradas em situação análoga a escravidão

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Interior da Bahia

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Quartos

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Falsa residência

O local, chamado de casa pelo empregador, não tinha quartos. A região onde as oito vítimas dormiam parecia a sala, no entanto, sem móveis. Além disso, foi notado pelos inspetores um grande acúmulo de sujeira e lixo.

Para entrar no ambiente, era necessário passar por uma área sem piso. Por isso, os trabalhadores criaram uma passarela improvisada, com a utilização de portas inutilizadas e esquadrilhas antigas. As roupas das vítimas eram penduradas em cabides dispostos pelas paredes do recinto. Já outros itens pessoais eram deixados por todo o chão da casa.

O relatório declarou que não havia cozinha, nem local apropriado para a produção e armazenamento de alimentos e bebidas. Os poucos armários que tinham no local estavam quebrados e muito sujos. Em relação à higiene, os trabalhadores precisaram improvisar sanitários e chuveiros. Além disso, para utilizar energia elétrica na casa, as oito vítimas contavam com uma força-tarefa para elaborar gambiarras.

“Logo após ingressar no terreno já era possível se dar conta do abandono do local, e, à medida que se aproximava e adentrava na casa, era possível sentir o forte odor do lixo acumulado no local. Restos de alimentos e de materiais circundavam toda a casa”, disse a auditora-fiscal Flávia Maia, responsável pela operação.

Além das condições degradantes do local onde as oito pessoas foram encontradas, o canteiro não cumpria com as exigências legais para efetivação de uma obra. Foram flagradas diversas irregularidades, o que gerou ainda a interdição de máquinas e equipamentos utilizados pelos trabalhadores.

O empregador

Após o término da operação, o empregador, que não teve o nome revelado, foi notificado a comparecer na Superintendência Regional do Trabalho. Além disso, o suspeito deverá fornecer alojamento digno aos trabalhadores imediatamente, até que todo o débito rescisório seja cumprido.

A fiscalização das medidas caberá aos auditores da ocorrência e todos os envolvidos na situação prestarão depoimento. O caso segue em investigação criminal.

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