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Quatro estados voltam a ter alta na média móvel de mortes por Covid

Nessas unidades da Federação, o indicador está pelo menos 15% acima do registrado há duas semanas

atualizado

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Paula Fróes/GOVBA
Covid maioria dos pacientes com quadro grave têm sintomas prolongados
1 de 1 Covid maioria dos pacientes com quadro grave têm sintomas prolongados - Foto: Paula Fróes/GOVBA

A alta na média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil nos últimos dias acendeu o alerta para uma terceira onda da doença. Na terça-feira (22/6), a média móvel nacional completou o quinto dia consecutivo com diferença acima de 15% em relação ao número registrado há duas semanas, o que confirma tendência de crescimento.

A situação não é a mesma, entretanto, em todo o Brasil. Não são todos os estados que estão nessa situação. Quando o recorte é feito por unidade da Federação (UF), apenas quatro registram alta de óbitos. Um dos problemas, no entanto, é que entre eles estão os mais populosos do país, Rio de Janeiro e São Paulo, e o Paraná registra no momento a maior quantidade de mortes causadas pela doença desde o início da pandemia.

Os números de óbitos por dia são do Ministério da Saúde. Eles foram reunidos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e serviram de base para os cálculos das médias móveis estaduais

O gráfico a seguir mostra como está a evolução da média móvel por UF.

Não é fácil perceber como está a evolução dos óbitos causados pela doença em todos os estados, mas em algumas situações a elevação é nítida, como no caso do Paraná, onde a curva está no ponto mais alto.

Além do estado sulista, Rio de Janeiro e São Paulo, o quarto estado com uma média móvel atual pelo menos 15% maior do que a registrada há 14 dias é o Ceará. O próximo gráfico mostra essa comparação para todas as UFs.

Por isso tudo, a média móvel no Brasil foi de 1.916 óbitos diários nessa quarta (23/6), 6,2% acima da registrada há duas semanas. Assim, o epidemiologista da sala de situação da Universidade de Brasília (UnB) Mauro Sanchez afirma que não acredita em uma “terceira onda”, mas que vê riscos de um “platô prolongado”.

“Com o avanço da vacinação, mesmo que lento, não acredito que, no caso dos óbitos, teremos uma terceira onda. O que pode acontecer é novamente estacionar em níveis muito altos”, aponta.

“O efeito de um platô prolongado é muito ruim, e por isso o alerta continua valendo para que as medidas de prevenção sigam em vigor e que se consiga acelerar a vacinação com as remessas que têm chegado em maior número e com novas opções”, acrescenta.

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