Oito das 28 mortes no Jacarezinho aconteceram dentro de casas
Os policiais não tinham mandado de busca para entrar nas residência, no morro localizado na região central do Rio de Janeiro
atualizado
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Oito das 28 pessoas mortas durante operação da Polícia Civil no morro do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, foram baleadas dentro de casas espalhadas pela favela. A ação que ocorreu na quinta-feira (6/5) resultou nas mortes de 27 acusados de envolvimento com o tráfico de drogas, além do agente da Polícia Civil André Frias.
No sábado (8/5), a PCERJ divulgou a lista com os nomes das vítimas, e, segundo o jornal Extra, todos os corpos foram levados para hospitais, o que prejudicou a perícia. Os policias não tinham mandado de busca para entrar nas casas.
De acordo com relatos dos policiais, uma das vítimas, que havia sido baleada no pé, entrou em uma casa para fugir dos agentes.
Lá dentro, o rapaz “permaneceu atirando contra os policiais e, posteriormente, jogou uma granada”, segundo o policial, que atirou contra o homem. Moradores contaram que o homicídio aconteceu dentro do quarto de uma criança de 9 anos, que escutou os tiros.
Em outro momento, policiais alegaram que invadiram um segundo imóvel na Rua São Manoel para “libertar uma família que tinha conhecimento que estava sendo coagida por dois elementos”. No local, dois homens foram baleados.
Aconteceram três mortes em duas outras residências, na Rua do Areal e na Travessa João Alberto, mas não há mais informações sobre esses casos.