Bolsonaro: oitiva sobre joias é confirmada, e sobre fake news, adiada
A defesa Bolsonaro pediu o adiamento da oitiva sobre a acusação de disseminação de fake news, alegando que não conseguiu ler todos os autos
atualizado
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O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Polícia Federal, nesta quinta-feira (31/8), será apenas para tratar do caso da suposta venda ilegal das joias e de presentes sauditas nos Estados Unidos (EUA) pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro disse ao Metrópoles que pediu o adiamento do depoimento sobre a acusação de disseminação de fake news — que foi aceito pelo delegado responsável pelo caso —, alegando que não conseguiu terminar de ler os “autos volumosos” e que só teve acesso a eles na segunda (28/8).
No oitiva, Bolsonaro seria questionado pela PF sobre empresários que discutiram um golpe de Estado, caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse eleito presidente da República, em mensagens trocadas no WhatsApp.
Empresários bolsonaristas defendem golpe de Estado caso Lula seja eleito
A PF convocou uma série de depoimentos simultâneos sobre o caso das joias para evitar combinação nas declarações dos investigados. Além de Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, depõem nesta quinta:
- Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações;
- Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro e coronel da reserva do Exército;
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Cid e general da reserva; e
- Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro e tenente do Exército.
Caso das joias de Bolsonaro
A Operação Lucas 12:2 investiga o destino de presentes dados ao então presidente Bolsonaro durante visitas oficiais. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os itens devem ficar no acervo da União, e não no acervo pessoal do ex-mandatário.