“Oi, chocolate”: mulher que matou empresário ganha apelido na cadeia
Júlia Pimenta foi transferida para o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Após se entregar à polícia na última terça-feira (4/6), Júlia Pimenta, mulher que matou o empresário e namorado Luiz Marcelo Ormond, com um brigadeirão envenenado, foi transferida para o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã de quarta-feira (5/6). Segundo o g1, as presas da unidade apelidaram Júlia de “chocolate”.
A mulher, inclusive, teria ficado surpresa com a recepção das colegas de cela. “Elas sabem quem eu sou?”, indagou Júlia. “O que você acha?”, teria dito a agente que conduziu a psicóloga até uma cela.
Antes de se entregar, Júlia Pimenta se escondeu em um hotel no Centro do Rio durante 8 dias, tempo em que esteve foragida. Ela chegou usou um nome falso para não chamar a atenção: Lília Mara Shinaider. A suspeita deu entrada no hotel em 28 de maio, às 12h. Algumas horas depois, a polícia divulgou a imagem da mulher.
Brigadeirão com morfina
Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta quinta-feira (6/6), os peritos confirmaram a suspeita de que havia morfina no corpo do empresário Luiz Marcelo Ormond, encontrado morto em um apartamento no bairro do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, em 20 de maio. O corpo estava em avançado estado de decomposição.
A Polícia Civil suspeita que o empresário morreu após ingerir um brigadeirão contendo 60 comprimidos de Dimorf triturados. A morfina é o componente principal do Dimorf.
O assassinato
O crime, apurado desde 20 de maio, quando bombeiros encontraram o corpo do empresário após denúncia de vizinhos por causa do mau cheiro que vinha do apartamento onde ele morava com a namorada, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, “chama atenção e choca pela frieza da suposta autora”, segundo o delegado Marcos Buss.
De acordo com ele, Júlia agiu sob influência de uma orientadora espiritual, a cigana Suyane Breschak, com quem a suspeita tinha uma dívida de R$ 600 mil. A cigana tinha conhecimento de que Júlia havia comprado cerca de 60 comprimidos à base de morfina para dopar Luiz Marcelo. Ela foi presa por suspeita de participação no homicídio.