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Oftalmologistas fakes que vendiam óculos caros enganaram 900 pacientes

A dupla de falsos oftalmologistas foi presa por exercício ilegal da profissão. Na verdade, eles eram instrutor de autoescola e vendedor

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Dois falsos médicos foram presos, nessa terça-feira (9/7), por exercício ilegal da profissão. Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, os suspeitos se passavam por oftalmologistas e teriam atendido cerca de 900 pessoas desde maio, quando as operações criminosas começaram.

O caso ocorreu em Vitória. Os presos, que não tiveram os nomes divulgados, eram, na verdade, um instrutor de autoescola e um vendedor desempregado.

As investigações apontaram o modus operandi da dupla: eles organizavam mutirões de atendimento para forçar pessoas a comprarem óculos com preços superfaturados.

“Eram exames gratuitos, quando as pessoas chegavam lá, eram atendidas por duas pessoas sem nenhuma qualificação, essas pessoas utilizavam material próprio destes médicos, e quando as pessoas eram atendidas, eles tentavam empurrar um óculos de uma qualidade inferior, com um preço muito acima do mercado”, explicou o delegado Eduardo Passamani, responsável pelo caso.

Oftalmologistas falsos ofereciam serviços em mutirões

Ainda segundo o delegado, os óculos podiam ser encontrados na internet, com valores variando entre R$ 30 e R$ 40. No entanto, os criminosos os vendiam por preços como R$ 300, R$ 400 e até mesmo R$ 500.

“Nós verificamos documentos que indicam que eles estavam fazendo este serviço por intermédio de uma ótica e essa ótica já foi identificada, os proprietários serão investigados tanto por propaganda enganosa, porque eles divulgavam um serviço que não poderiam oferecer, investigados também pelo crime de falsidade”, afirmou Passamani.

Os crimes teriam ocorrido tanto na Grande Vitória, quanto em municípios do interior do Espírito Santo.

Os suspeitos costumavam oferecer os serviços de mutirões de atendimentos a lideranças comunitárias e igrejas.

A dupla vai responder pelo crime de exercício irregular da medicina em liberdade. Se condenados, a pena pode variar de 2 a 6 anos de reclusão.

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