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Oficial da Abin preso teria chantageado colegas para não ser punido

Servidor da Abin foi investigado por causa de empresa do pai dele e teria chantageado colegas para não perder cargo

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Imagem colorida, no estilo 3x4, de Eduardo Arthur Izycki, homem branco, de cabelos escuros. Ele olha para a câmera na imagem e veste terno preto, camisa branca e gravata vermelha
1 de 1 Imagem colorida, no estilo 3x4, de Eduardo Arthur Izycki, homem branco, de cabelos escuros. Ele olha para a câmera na imagem e veste terno preto, camisa branca e gravata vermelha - Foto: Reprodução/Redes sociais

Eduardo Arthur Izycki, oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria chantageado colegas para não perder seu cargo, em um processo administrativo interno do órgão. Ele foi um dos presos na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (20/10), que investiga esquema de espionagem ilegal.

Ele é investigado dentro da Abin há anos porque uma empresa registrada no nome do pai dele, a Icciber Segurança Cibernética, tentou um contrato com o Exército Brasileiro em 2018, para prestar um serviço na área de soluções de exploração cibernética e web intelligence.

Acontece que Eduardo Arthur (foto em destaque) é da área de contra inteligência cibernética e o contrato com o Exército seria um conflito de interesse, além de ir contra a exclusividade exigida pelo seu cargo na Abin. Representantes de empresas rivais no processo seletivo do Exército perceberam a irregularidade e a situação foi denunciada para a Abin. A suspeita é o oficial da Abin seria o verdadeiro dono da Icciber.

Próximo de Eduardo Arthur, o outro servidor preso na operação da PF, Rodrigo Colli, também responde a processo administrativo e também teria chantageado colegas.

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Eduardo Arthur Izycki trabalhava como oficial de Inteligência da Abin
Rodrigo Colli, profissional da área de Contrainteligência Cibernética da Abin que foi preso
Diretor da Abin Paulo Fortunato, afastado por decisão judicial
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Abin foi alvo de operação da PF após vazamento

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Eduardo Arthur Izycki trabalhava como oficial de Inteligência da Abin

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Rodrigo Colli, profissional da área de Contrainteligência Cibernética da Abin que foi preso

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Diretor da Abin Paulo Fortunato, afastado por decisão judicial

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Chantagem na Abin

As investigações internas da Abin avançaram e a demissão dos dois servidores se tornou uma possibilidade iminente.

Diante disso, segundo a investigação da PF, Eduardo Arthur e Rodrigo Colli passaram a chantagear servidores, demonstrando que eles tinham conhecimento de uma grave irregularidade envolvendo funcionários da inteligência brasileira: a espionagem ilegal dos celulares de autoridades.

A operação desta sexta tem como alvo principal essa espionagem ilegal. Servidores usavam um software israelense para monitorar ministros do STF e outras pessoas consideradas adversárias do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso de forma ilegal, sem decisão judicial.

Além das prisões de Eduardo e Rodrigo, a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão. Também foram afastados cinco diretores da agência de inteligência, entre eles o número três na hierarquia, o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato Pinto.

Respostas

A Icciber Segurança Cibernética foi extinta em 2019 e não chegou a fechar contrato com o Exército Brasileiro. A reportagem tentou contato com Edson Izyck, pai do oficial da Abin preso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

O Metrópoles também tenta localizar a defesa dos dois servidores da Abin presos e também entrou em contato com o Exército Brasileiro. O espaço segue aberto.

Em nota divulgada nesta sexta, a Abin informou que o software de espionagem investigado pela Polícia Federal deixou de ser utilizado em maio de 2021 e que desde fevereiro deste ano há uma investigação interna sobre irregularidades no uso desse programa.

Informações colhidas nessa sindicância foram compartilhadas com a PF e o STF, segundo a agência de inteligência. Além disso, os afastamentos temporários de servidores determinados pela justiça foram cumpridos.

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