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OCDE exige que Brasil investigue violência contra ativistas ambientais

Plano de exigências foi aprovado, e Brasil pode ter dificuldades para ingressar na organização; série de boas práticas deve ser adotada

atualizado

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Passeio de barco na floresta Amazônia
1 de 1 Passeio de barco na floresta Amazônia - Foto: Hotel Urbano/Reprodução

Investigar rigorosamente violências contra ativistas ambientais é uma das condições para o Brasil e outros quatro países ingressarem na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O plano com exigências foi aprovado e divulgado nesta sexta-feira (10/6) pela entidade.

A aprovação do plano, chamado Accession Roadmap, é uma das etapas para que um novo país ingresse na OCDE. Além do Brasil, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia também estão no caminho para adesão à entidade.

O “mapa de acesso” determina, entre outros pontos:

  • reforço da capacidade de agências de controle do meio ambiente;
  • estratégias ambientais e climáticas eficazes que demonstrem uma implementação real e sem retrocessos;
  • combate à impunidade de violação de leis ambientais;
  • parada e reversão da perda da biodiversidade, o desmatamento e a degradação da terra até 2030;
  • garantias de que atos de violência contra ativistas ambientais serão investigados e processados de forma rigorosa.
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Drago Kos, presidente do grupo anticorrupção da OCDE
Composta por 38 nações, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição criada com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico dos países membros e o comércio mundial
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Drago Kos, presidente do grupo anticorrupção da OCDE

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Composta por 38 nações, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição criada com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico dos países membros e o comércio mundial

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O relatório é publicado na mesma semana do sumiço do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas. O caso teve repercussão internacional e um suspeito está preso.

Para a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), o Brasil pode ter dificuldade para cumprir os termos. “O Brasil tem grandes lacunas de governança e não está alinhado com os padrões da OCDE”, escreveu a organização em nota.

A FIDH aponta que, até o momento, o governo não demonstrou compromisso com os valores da OCDE sobre proteção dos direitos humanos e sustentabilidade ambiental. “É preciso fazer mudanças significativas para garantir a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos”, afirma.

Em janeiro deste ano, a organização convidou o Brasil e outros cinco países para ingressar no grupo. A adesão é uma das prioridades internacionais de Bolsonaro, mas depende da aprovação de todos os membros atuais da OCDE.

Segundo a entidade, será feita avaliação rigorosa e aprofundada do alinhamento dos respectivos países às normas exigidas.

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