Objetos não identificados caem em casa de família no litoral de SP
Duas estruturas de alumínio desabaram em chamas na casa de uma família que vive em Santos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A fisioterapeuta Meryann Tinoco, 42 anos, e seu marido, o educador físico Rodney Martins, 48, tinham acabado de colocar um filme para assistir quando ouviram um barulho no quintal, por volta das 23h. Era sábado (12/6), e o casal abriu a janela para ver o que tinha acontecido. Então, enxergaram um objeto incandescente.
O casal, que vive no bairro Embaré, em Santos, no litoral de São Paulo, conta que duas peças de alumínio caíram em chamas, possivelmente do céu, no quintal deles.
“No primeiro momento, devido ao barulho, achamos que algum gato da vizinhança havia caído. Quando abri a janela e vi algo em brasa, e estava tudo escuro, eu imaginei que alguém tinha jogado um vela”, conta Meryann.
A fisioterapeuta disse ao Metrópoles que ela e o marido se deram conta do que era quando se aproximaram da estrutura de alumínio.
“Quando cheguei lá vi que era um alumínio e perdia o brilho, porque estava esfriando. Fiquei olhando pra cima pra ver se tinha algo acontecendo na casa, mas nada. E nenhuma explosão havia ocorrido ao redor que justificasse algo do tipo cair no nosso quintal”, afirmou. E explicou: “Logo pensei nos filmes, quando aqueles objetos atravessam a atmosfera e se incendeiam”.
Vários respingos de alumínio se espalharam pelo quintal do casal, devido ao calor que derretia as peças.
“Quando a peça esfriou, meu marido chegou a pegar um pedaço, mas ele começou a se desfazer. Aí eu disse para ele soltar, para que a gente deixasse a peça inteira e para provar o que caiu aqui”, explicou Meryann. “No outro dia pela manhã, achamos o outro pedaço. E vimos vários respingos pelo quintal.”
O casal tem quatro filhos de 13, 11, 8 e 2 anos. Meryann se diz preocupada em deixar as crianças brincando no quintal.
“Minha preocupação é saber o que houve, se pode ocorrer novamente. Tenho filhos. Se isso cai na cabeça de alguém, da maneira que estava quente, pode até matar”, afirma a fisioterapeuta. Ela diz que, até o momento, não sabe como proceder e que ninguém do governo fez contato com eles.
Ao G1, a prefeitura de Santos informou que a Defesa Civil não foi acionada para a ocorrência. A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) não responderam sobre a possível procedência do objeto.
