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OAB cobra agilidade para solucionar assassinato de advogado em MT

Após morte do advogado Renato Nery, vítima de atentado na última sexta-feira (5/7), a presidente da OAB-MT cobra celeridade na investigação

atualizado

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Homem de meia idade
1 de 1 Homem de meia idade - Foto: Reprodução

Após a morte do advogado Renato Nery, vítima de atentado a tiros na última sexta-feira (5/7), a presidente da seccional do MT da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Gisela Cardoso, se reuniu nessa segunda-feira (8/7) com a direção da Polícia Judiciária Civil (PJC) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para cobrar celeridade nas investigações do assassinato do profissional.

“Todo crime deve ser solucionado com agilidade, sem exceção. São vidas ceifadas, porém, neste caso, esta é a segunda ocorrência sequencial com características de execução, dentro da advocacia. Há um apelo muito grande da advocacia, que está muito preocupada com os fatos”, declarou a presidente da seccional.

A presidente se refere à seguinte estatística: é o segundo assassinato de advogados da seccional mato-grossense em menos de um ano e em circunstâncias semelhantes. Roberto Zampieri, morto em dezembro de 2023, foi assassinado a tiros em frente ao seu escritório de advocacia, assim como Nery, na última sexta.

O delegado Wagner Bassi, que participou da reunião nessa segunda, destacou que “é uma questão de tempo” para solucionar o caso. “No caso de Zampieri foram 3 meses, e o caso do dr. Renato não ficará impune”, afirmou.

Em nota divulgada na manhã desta segunda, a OAB-MT esclareceu que não foi protocolado nenhum “requerimento de proteção à integridade física ou à vida do advogado Renato Nery e sim foi protocolada uma representação disciplinar”.

Em texto divulgado em seu site institucional, a seccional se queixou de fake news relacionadas ao caso e “que começaram a circular no final de semana e nesta segunda-feira (8), alegando que Nery teria relatado ameaças e que OAB-MT teria sido omissa”.

O caso

Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu após sofrer um atentado a tiros em frente ao seu escritório, na sexta-feira (5/7). Ele foi enterrado em Cuiabá, no domingo. Em 26 de junho, o advogado, que foi presidente da seccional da OAB de Mato Grosso, representou contra um colega de profissão, apresentando uma reclamação extensa, de mais de 20 páginas.

No documento, ele relatou ter ganhado uma causa, representando uma viúva. Seus honorários (o pagamento pelos serviços  jurídicos) teria sido em terras na região do Araguaia. Porém, de acordo com o documento, um outro advogado passou a representar a mulher e ele não teve os honorários pagos. No texto enviado à seccional, o advogado teria inclusive acusado um desembargador de pressioná-lo para entrar em acordo.

Além de mirar o advogado que atuou em favor da viúva, Nery denunciou que, por meio de uma outra pessoa, o jurista teria o intimidado a aceitar uma conciliação entre as partes. E também afirmou que frequentemente era advertido sobre a atuação de um desembargador no caso, com os termos: “Ou faz acordo ou perde tudo”.

Conselho Federal da OAB

A OAB nacional divulgou nota de pesar sobre a morte do advogado e cobrou investigações. “A Ordem dos Advogados do Brasil expressa, neste momento difícil, sua solidariedade aos amigos, colegas e familiares do advogado. Acompanharemos a investigação do caso com atenção e cobraremos a punição dos responsáveis,” afirmou Rafael Horn, presidente em exercício do Conselho Federal da OAB.

 

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