O que você precisa saber após a aprovação de autotestes no Brasil
O Metrópoles preparou um guia com os principais pontos sobre o uso e as regras para a comercialização dos exames caseiros
atualizado
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Após países como Estados Unidos e Reino Unido, o Brasil liberou o uso de autotestes para o diagnóstico de Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
A liberação da venda e do uso tem o objetivo de ampliar o acesso da população a mais um teste para identificar as pessoas contaminadas, realizar o isolamento e reduzir a disseminação da variante Ômicron — que é mais contagiosa.
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a venda dos autotestes nesta sexta-feira (28/1), após o Ministério da Saúde definir uma política de uso. Agora, a decisão precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) e as empresas interessadas em vender o produto devem pedir registro.
A comunidade médico-científica defende que os autotestes são importantes para promover a procura mais ágil aos serviços de saúde, além de indicar a necessidade de isolamento do doente.
Os americanos e os ingleses já têm acesso a esse tipo de exame desde 2020. Nos Estados Unidos, o kit custa em média US$ 20 (cerca de R$ 108) e cada família tem direito a receber quatro unidades gratuitamente. Já na Inglaterra, o produto é distribuído pelo serviço de saúde.
O Metrópoles preparou um guia com os principais pontos sobre o uso e as regras para a comercialização dos exames caseiros.
Veja as regras, como usar e os benefícios do autoteste:
- O autoteste é parecido com o teste rápido, mas pode ser feito por leigos, em casa. O resultado sai em cerca de 15 minutos.
- O kit vem com um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab — uma espécie de cotonete usado para a coleta nasal, a mais comum.
- A sensibilidade dos testes de antígenos é de 60% a 40%. Ele é um bom teste para quando o paciente está nos primeiros dias de infecção.
- Quem receber a indicação de que está infectado deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou buscar o serviço de teleatendimento para que um profissional da saúde confirme o diagnóstico e faça orientações.
- O autoteste será vendido apenas em farmácias e não terá distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS).
- Este tipo de exame não substitui exames RT-PCR ou de antígeno em viagens internacionais ou para justificar afastamento do trabalho.
- O autoteste não deve ser usados por pessoas com sintomas graves, como falta de ar.
- Os autotestes podem ser comprados com antecedência e mantidos em casa para usar quando necessário, por exemplo.
- A pessoa pode fazer o autoteste mesmo que não tenha sintomas e esteja totalmente vacinado.
A votação
Os diretores da Anvisa Cristiane Jourdan, Rômisson Rodrigues Mota, Alex Machado e Meiruze Freitas votaram a favor do uso, registro e comercialização dos exames.
Cristiane Jourdan é a relatora do processo sobre autotestes e foi a primeira a votar sobre o tema. Ela se posicionou a favor da autorização do uso dos produtos e ressaltou que há urgência na aprovação dos produtos, devido ao “aumento exponencial de casos provocados pela variante Ômicron”.
Ela ressaltou que o Ministério da Saúde entregou informações suficientes para a aprovação do uso, registro e comercialização dos produtos.