O que se sabe sobre o assassinato dos irmãos de 5 e 7 anos em Goiás
Mãe estava trabalhando quando filhos foram assassinados com golpes de faca no pescoço. Menina tinha sinais de violência sexual, diz polícia
atualizado
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Goiânia – Um crime cruel, bárbaro e brutal chocou o estado de Goiás. Dois irmãos de 5 e 7 anos foram encontrados mortos na pequena cidade de Bonópolis, no norte do estado. Exames realizados pelo Instituto Médico Legal de Porangatu (GO), confirmaram que a criança mais nova, a menina Aylla Luciene Jesus Nunes, de 5 anos, foi violentada.
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (6/7), enquanto a mãe das crianças estava no trabalho. Ao chegar, a mulher se deparou com o corpo do filho Luiz Otávio Jesus Nunes, de 7 anos, em um dos cômodos.
Já a filha não estava no local. O corpo da menina estava em uma pastagem próxima a uma estrada de terra vicinal em uma das saídas da cidade.
Veja o que se sabe do caso até o momento
Segundo vizinhos da família, um homem foi visto, à noite, saindo da residência onde ocorreu o crime com um saco carregado com um volume nas mãos. A suspeita é que a criança estivesse sendo levada dentro do saco. Não se sabe se ela já estava morta ou ainda viva.
De acordo com uma tia das vítimas, Luana Vitória Nunes da Silva, a mãe das crianças afirma que não conhecia o homem que foi visto saindo do local.
“Minha irmã disse que já viu ele [o suspeito] de carona com um rapaz aqui dentro da cidade. Ele costumava beber nos bares da cidade, mas mora em um assentamento vizinho aqui, mas não tinha relação de viver dentro da nossa casa, não. Ela [a irmã] afirma que não tinha nenhuma relação com ela, está sem entender o porquê dele ter feito isso com as crianças, que não tem culpa e nem envolvimento em nada, né, isso que a gente não entende”, disse ela em entrevista à TV Anhanguera.
A mulher relata ainda que as crianças, mortas com golpes de faca no pescoço, eram tranquilas e felizes. “Ele era um menino quieto, não dava uma gota de trabalho. A menina era feliz, conversadeira, ela só tinha 5 anos, mas conversava muito”, completa.
Buscas
Por meio de nota enviada ao Metrópoles, a Polícia Militar de Goiás informou que, assim que tomou conhecimento do fato, passou a realizar diligências para identificar e localizar o autor do crime. De acordo com a corporação, o suspeito foi identificado e uma operação foi desencadeada para com o objetivo de localizá-lo.
“Durante as diligências, duas pessoas foram conduzidas para prestar esclarecimentos à Autoridade Policial, e a partir de suas informações, foi possível realizar a identificação do possível autor deste crime hediondo. Desde então, foi desencadeada uma operação da PMGO coordenada pelo 12º CRPM com apoio das seguintes forças de segurança pública: Policia Militar do Tocantins, Polícia Civil de Goiás, Polícia Penal de Goiás e Polícia Rodoviária Federal. A PMGO juntamente com as outras forças estão trabalhando de maneira ininterrupta há mais de 24 horas, realizando cerco na região de Bonópolis e cidades circunvizinhas, para localizar e prender o suposto autor deste crime bárbaro”, diz a nota.
Como a cidade fica bem próxima da divisa com o Tocantins, as forças policiais do estado vizinho também estão colaborando nas buscas. O principal suspeito já foi identificado, mas a polícia ainda não revelou seu nome. Sabe-se que ele é da zona rural do município, mas que constantemente circula pela área urbana.
O Metrópoles entrou em contato com o delegado responsável pela apuração do caso, Danilo Fabiano Carvalho, mas não houve retorno. O espaço segue aberto.
Pesar
O crime chocou a população do município, que tem cerca de 4,5 mil habitantes e é considerado bastante pacato. Desde quarta e durante toda a quinta-feira, não se falou em outra coisa na cidade. Além da revolta em torno das mortes violentas, as pessoas também convivem com o medo de que uma pessoa tão perigosa esteja à solta, talvez perambulando pelas áreas rurais da região.
Por meio de uma postagem nas redes sociais, a Prefeitura de Bonópolis manifestou pesar pela morte dos irmãos e se solidarizou com a família das vítimas. Os corpos de Luiz Otávio e Aylla Luciene foram velados na tarde desta quinta-feira (7/7), na casa de uma avó das crianças, no município.
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