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O que se sabe sobre caso da criança que massacrou 23 animais no Paraná

Um menino de 9 anos matou 23 animais no domingo (13/10). Ele visitou o local na véspera e, segundo a polícia, não sofrerá punição legal

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Reprodução imagem colorida de criança pulando muro de hospital veterinário no Paraná
1 de 1 Reprodução imagem colorida de criança pulando muro de hospital veterinário no Paraná - Foto: Reprodução

Um menino de 9 anos foi responsável pela morte de 23 animais no último domingo (13/10), após invadir uma fazendinha pertencente a um hospital veterinário em Nova Fátima, no norte do Paraná. A Polícia Civil do estado informou ao Metrópoles que não haverá implicações criminais para a criança que massacrou os bichos, devido à sua idade.

Imagens das câmeras de segurança do hospital capturaram o momento em que o garoto invade o local, arremessa, esquarteja e mutila os animais. Aproximadamente 15 coelhos foram encontrados mortos, enquanto outros bichos foram deixados soltos.

Nas redes sociais, internautas se revoltaram com o caso e pediram a internação do menino. Porém, menores de 18 anos são considerados inimputáveis. Isso significa que não podem ser condenados a penas por crimes. A partir dos 12 anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o adolescente pode sofrer medidas socioeducativas, caso cometa ato infracional, que não é um crime propriamente dito, mas uma ação análoga.

Aos 9 anos, nem isso é possível. De acordo com o advogado criminalista Oberdan Costa, o “regramento aplicável a uma criança de 9 anos que comete atos considerados criminosos para adultos é diferente do regramento que receberá o adolescente”.

Em vez de aplicar penas tradicionais, o ECA estabelece um conjunto de medidas que visam a ressocialização do menor, adequadas à sua faixa etária e à gravidade do ato infracional.

“Consistem [as aplicações de medidas de proteção às crianças] em encaminhamento aos pais ou responsáveis, mediante termo de responsabilidade, matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental, requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial e afins”, explica Costa.

Segundo o advogado, os responsáveis pela criança podem ser responsabilizados pela reparação dos danos causados por ela, “mesmo que não tenham culpa direta”.

O caso

Um menino de 9 anos foi responsável pela morte de 23 animais em uma fazendinha localizada dentro de um hospital veterinário, após invadir o local. Ele havia participado da inauguração do lugar, no dia anterior ao crime, no Dia das Crianças (12/10).

De acordo com a Polícia Militar, o veterinário Lúcio Barreto, proprietário do hospital, acionou a equipe após encontrar mais de 15 coelhos mortos e outros animais soltos.

Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, os proprietários se surpreenderam ao ver que uma criança, acompanhada de um cachorro, havia entrado no local e massacrado os animais durante 40 minutos.

Alguns bichos foram arremessados contra a parede, tiveram as patas arrancadas e foram esquartejados.

A veterinária Brenda Rocha Almeida Cianciosa, uma das donas da fazendinha, apareceu nas redes sociais ao lado do sócio do espaço, o veterinário Lúcio Barreto, para agradecer o apoio da comunidade no caso. De acordo com eles, o povo da cidade ajudou a identificar o menino.

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