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O que são as bolas misteriosas que ressurgiram no litoral de SP

Bolas apareceram nas areias de Peruíbe, no litoral paulista, nesta semana, assim como ocorreu em fevereiro deste ano

atualizado

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Arquivo Pessoal/Sérgio da Silva
Bolas escuras se acumulam em praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo
1 de 1 Bolas escuras se acumulam em praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo - Foto: Arquivo Pessoal/Sérgio da Silva

São Paulo – O fenômeno não é novo, mas frequentadores das praias de Peruíbe, no litoral de São Paulo, sempre se surpreendem. Bolas escuras, com aparência de lama, foram fotografadas na areia da Praia do Centro da cidade, na última terça-feira (02/11).

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Bolas escuras se acumulam em praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo
Bolas de lama são resultado de processo natural ocasionado pelo desemboque de rio em praia de Peruíbe, diz pesquisadora
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Bolas de lama já tinham se acumulado em praia de Peruíbe em fevereiro deste ano

Reprodução/TV Brasil
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Bolas escuras se acumulam em praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo

Arquivo Pessoal/Sérgio da Silva
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Bolas de lama são resultado de processo natural ocasionado pelo desemboque de rio em praia de Peruíbe, diz pesquisadora

Reprodução/TV Brasil

Fotografias semelhantes, feitas em praias da cidade, já tinham sido divulgadas em outubro e fevereiro deste ano. De acordo com a Prefeitura de Peruíbe, essas bolas escuras são feitas do acúmulo de lama que é revolvida e suspensa pelas ondas do mar a partir do material que se acumula com a deságua do Rio Preto no litoral.

“Sempre que o mar está revolto mexe o fundo do oceano como um liquidificador, e conforme a maré se aproxima da areia esse material chega à praia”, afirmou o secretário municipal do Meio Ambiente de Peruíbe, Eduardo Ribas, ao Metrópoles.

“No primeiro momento, esse material se forma como se fosse uma lagoa de lama na beira do mar. Com o tempo e o vento, essa lama vai sendo revolvida por areia seca e vira uma bolinha”, acrescentou.

De acordo com o secretário, o material não oferece risco à saúde pública.

A lama negra do mar de Peruíbe já foi um dos focos de pesquisa da geóloga Samara Goya, doutora em oceanografia e servidora do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).

Ela constatou em suas pesquisas que Peruíbe era provavelmente uma região lagunar há milhares de anos.

“Tudo leva a crer que ali era uma laguna. E, como laguna, ali se acumulava lama, com matéria orgânica”, explicou a geóloga ao Metrópoles.

A geóloga notou que rotineiramente, principalmente quando chove, há maior depósito de lama na praia. Essa lama é trazida pelo Rio Negro, que possui águas escuras pelo acúmulo de matéria orgânica no caminho que percorre.

“É um processo natural. Quem traz essa lama é o Rio Negro. Dependendo da quantidade acumulada, a prefeitura precisa fazer alguma coisa e retirar”, explicou.

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