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“O que eu mais quero é falar na CPI da Covid”, diz Capitã Cloroquina

Habeas Corpus impetrado no STF no domingo (16/5) pede que Mayra Pinheiro tenha o direito de não se autoincriminar

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Secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, que tem sido chamada de "Capitã Cloroquina"
1 de 1 Secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, que tem sido chamada de "Capitã Cloroquina" - Foto: Reprodução/ Redes sociais

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, a médica Mayra Pinheiro (imagem em destaque) – conhecida como “Capitã Cloroquina” –, afirmou, nesta segunda-feira (17/5), em conversa com o Metrópoles, que o seu maior desejo é “falar” na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Covid-19.

Mayra negou ter entrado com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter direito de ficar em silêncio durante a comissão, assim como fez o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello.

“Eu não entrei com um processo para ficar calada, não. Eu entrei com um processo pra ter direito a levar os meus advogados. O que eu mais quero nessa CPI é falar. É exatamente o contrário. Eu tenho muito interesse de poder falar, para o Brasil, a verdade e o que eu vivo no meu trabalho. Não entrei com a intenção de ficar calada, não, até porque é uma grande oportunidade”, disse.

A secretária assegurou, ainda, que irá fazer, durante a comissão, a defesa da cloroquina – medicamento sem eficácia comprovada cientificamente no tratamento da Covid-19 – e do Trate-Cov, aplicativo lançado pelo governo federal que recomendava o chamado “tratamento precoce” a pacientes com coronavírus.

Mayra é uma das principais defensoras dos medicamentos que compõem o kit Covid, do Ministério da Saúde, o que lhe rendeu, inclusive, o apelido de “Capitã Cloroquina”.

Questionada pelo Metrópoles sobre o uso da alcunha, a secretária esclareceu que “capitã é um posto oficial militar. Eu sou médica e civil e acho respeitoso e educado que me chamem de Dra. Mayra”.

No habeas corpus, impetrado na noite de domingo (16/5) no STF, os advogados de Mayra pedem que ela seja assistida por sua defesa durante o depoimento; que seja garantida a palavra aos advogados da médica para o exercício da defesa da servidora; o direito de Mayra não se autoincriminar; e que as partes sejam tratadas com “urbanidade” durante o depoimento.

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