“O cenário é de guerra”, lamenta bombeiro que trabalha em Brumadinho
Militares se concentram, nesta segunda (28/1), na recuperação de corpos que estão dentro de um micro-ônibus na região do Córrego do Feijão
atualizado
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Enviados especiais a Brumadinho (MG) – Nesta segunda-feira (28/1), um bombeiro do Rio de Janeiro destacado para atuar na procura de sobreviventes e no resgate de corpos em Brumadinho não escondia o cansaço e a perplexidade frente à tragédia. “O cenário é de guerra”, resumiu ele, que pediu para não ser identificado. Desde as primeiras horas do dia, o militar trabalha na recuperação de mortos que estão dentro de um micro-ônibus na região do Córrego do Feijão.
“É impossível saber quantas pessoas ainda estão lá dentro. Retiramos dois corpos e vimos que tem um parcialmente visível. O micro-ônibus ficou retorcido e coberto por madeiras. Estamos serrando todo esse material para ter acesso às vítimas”, explicou.
Confira imagens:
O militar relata que o trabalho é intenso e a chance de encontrar sobreviventes é praticamente nula. “Essa lama obstrui tudo. Não tem como respirar ou se mover. Infelizmente, o nosso trabalho aqui é retirar corpos”, lamentou.
Uma missão do Conselho Regional de Veterinária sobrevoa a região em helicóptero da Polícia Rodoviária Federal. Os envolvidos estão procurando animais ainda atolados na lama. Nesta tarde, um bovino precisou ser sacrificado.