“O Brasil não será refém desse egoísmo”, diz Jungmann sobre greve
Em coletiva de imprensa, ministros também informaram que ainda há 524 trechos interditados nas estradas brasileiras
atualizado
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A situação dos aeroportos brasileiros, afetados pela crise no abastecimento de combustíveis, está quase normalizada, segundo o governo federal. Os terminais de Brasília e Recife representam zonas críticas. Em coletiva de imprensa realizada na noite deste sábado (26/5), os ministros Raul Jungmann, da Segurança Pública, e o general Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, divulgaram informações da situação do país no sexto dia da greve dos caminhoneiros.
Etchegoyen afirmou que a situação de aeroportos, refinarias e termelétricas estão entre as prioridades do governo. O ministro também alertou para a situação da saúde. “É um ponto dramático. Nosso sistema nacional de transplantes já foi comprometido, perdemos órgãos. Há risco de desabastecimento de itens básicos de hospitais, desde gás de cozinha a medicamentos”, disse.No balanço, Jungmann informou que cerca de 50% das estradas brasileiras já foram desbloqueadas: 97% em São Paulo e 70% no Distrito Federal, por exemplo. Ainda há 576 trechos com interdições parciais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplicou 400 autos de infração, no total de R$ 2,33 milhões. Ao todo, 37 inquéritos foram abertos pela Polícia Federal em 25 estados. “Os responsáveis estão sendo convocados para prestar depoimento. E nós vamos exercer a lei fielmente”, disse o ministro.
O titular da pasta da Segurança Pública ainda fez um apelo aos caminhoneiros referente à crise de abastecimento dos hospitais. “Estamos cuidando de suas famílias. Não se esqueçam da existência de outras famílias também sofrendo. Particularmente, aquelas com parentes e crianças necessitando de atendimento médico”, frisou. “A renúncia é algo que tem de cessar. O Brasil não será refém desse egoísmo”, completou.
“Temos comprovação de que essa paralisação feita por caminhoneiros autônomos nas estradas teve, em parte, promoção e apoio criminoso de proprietários e patrões de empresas transportadoras e distribuidoras”, concluiu Jungmann.