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Nunes: morte de Marielle pode estar ligada à sua atuação política

De acordo com o secretário de Segurança, o inquérito tem 300 páginas e mais de 30 pessoas foram ouvidas

atualizado

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A VEREADORA MARIELLE FRANCO MORTA A TIROS NO RIO DE JANEIRO (RJ).
1 de 1 A VEREADORA MARIELLE FRANCO MORTA A TIROS NO RIO DE JANEIRO (RJ). - Foto: Divulgação

O secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, disse que o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes tem indícios de ligação com a atuação política da parlamentar. A declaração do militar foi dada durante programa de entrevista ao vivo do canal Globo News, na tarde desta quinta-feira (29/3). Ele descartou algumas linhas de investigação, como problemas pessoais.

“Não há dúvida: a atuação política dela, a representatividade política não só no momento, mas até projeção de futuro, indica que a gente tem de ter um olhar mais acurado nessa direção. Isso é inegável. Outros tipos de ligações, de área pessoal, estamos descartando. A questão de relacionamento com assessores, de demissões, não foi nada disso. Não houve demissões, houve remanejamento interno. Soubemos disso por meio dos depoimentos”, disse o general.

Segundo Nunes, o inquérito já tem 300 páginas e mais de 30 pessoas foram ouvidas. Nesta quinta (29), ainda serão coletados mais cinco depoimentos.

A investigação, conforme informou o secretário, está cruzando dados dos números telefônicos celulares na área da Lapa, onde Marielle foi perseguida pelos criminosos, com os números captados por outras antenas de celular ao longo do trajeto, até o local da execução, no bairro do Estácio: “É um trabalho demorado, rastrear todas aquelas linhas que estavam naquela área. É um trabalho de força-tarefa, mas está caminhando bem”.

De acordo com o general, mais de um indivíduo participou do crime. Nunes afirmou estar “otimista”. Para ele, a polícia está chegando cada vez mais perto dos autores.

O secretário comentou sobre a velocidade e o sigilo das investigações, necessários, segundo ele, para não anular as provas produzidas posteriormente.

“Estamos fazendo o correto e com a celeridade que caracteriza a importância atribuída à investigação, porém sem precipitação. Precipitar-se é extremamente perigoso, porque depois as provas produzidas podem ser contestadas. E mesmo que a gente chegue à identificação dos culpados, isso pode não redundar na condenação esperada”, disse Nunes.

Marielle e Anderson foram mortos, na noite do último dia 14, na Rua João Paulo I, no Estácio. Dois carros participaram do crime. O veículo onde estavam as vítimas foi atingido por 13 tiros.

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