“Nunca trabalhou como médico”, reage pai de Henry sobre Dr. Jairinho
Defesa de Jairo Souza Santos Júnior entrou com pedido de liberdade no Tribunal de Justiça com base no exercício da profissão
atualizado
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Rio de Janeiro – “Nunca trabalhou como médico”, reagiu o engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, sobre o pedido de liberdade da defesa do vereador cassado e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, no Tribunal de Justiça, sob a alegação de que ele irá exercer a profissão.
Jairinho e a mãe de Henry Borel, a professora Monique Medeiros, foram presos em abril acusados da morte do menino de 4 anos, em março. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por tortura, homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura.
Lionel lembrou que, quando foi prestar depoimento em março na 16ª DP (Barra da Tijuca), Jairinho alegou que não prestou os primeiros socorros ao garoto porque nunca havia exercido a medicina. “Ele disse que só tinha feito respiração boca a boca em boneco”, protestou Leniel.
Formado em medicina, em 2004, Jairinho concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores naquele ano. Ele assumiu assento no ano seguinte e ficou por cinco mandatos, até ser cassado em abril.
O pedido de liberdade de Jairinho está nas mãos da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribuna de Justiça.
No dia 8 de março, Jairinho e Monique já levaram o menino morto para o hospital Barra D’or, Barra da Tijuca, zona oeste. Eles alegaram acidente doméstico, mas laudo constatou 23 lesões por agressão no corpo de Henry.