“Nunca mais pinto as unhas de amarelo”, diz vítima de piolho de cobra
Depois do susto, Thassynara conta ao Metrópoles que família criou protocolo para colocar os calçados e evitar novos acidentes com insetos
atualizado
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Rio de Janeiro – O amarelão da unha já saiu, os dedos já desincharam e o roxo está sumindo. Mas o desespero causado pelos efeitos do contato que teve com um piolho-de-cobra vão ficar na memória da empresária carioca Thassynara Vargas, de 25 anos. Na última sexta-feira (29/10), a jovem, que é dona de um estúdio de depilação e estética, pisou no inseto, que estava dentro do seu tênis e acabou vítima da toxina que o bicho solta ao ser esmagado.
“Estava indo trabalhar, me vesti, e fui para minha loja, que fica a 10 minutos de casa. Lá, depois de um tempo, senti um volume no tênis, como se fosse uma pedrinha, lá dentro. Tirei o calçado e junto veio aquele bicho, que era enorme. Mas, popularmente gongolos ( como é chamado o inseto no Rio) são inofensivos. Trabalhei tranquila o dia inteiro”, lembra.
Sem sentir dor ou qualquer outra indicação de que havia sido afetada pelo inseto, Thassynara entrou em pânico quando chegou em casa e viu o estado em que estava seu pé: a coloração da unha mudou e ficou amarela, chamando a atenção entre os dedos necrosados e escuros. “Fiquei sem saber o que pensar, fiquei desesperada. Já nem lembrava do gongolo, eu só pensava que ia perder meus dedos. E fui pro hospital, onde nem os médicos sabiam que um gongolo causava isso”, conta, surpresa.
Seguindo as orientações médicas para manter o pé ventilado e sem remédios, Thassynara diz que cada dia melhora um pouco, mas a unha, que perdeu o amarelo, agora está escurecendo.
“Trabalho com estética e beleza e é feio. Fiquei muito triste e super nervosa com isso tudo, mas pelo menos não fui atacada, fui alvo de curiosidade, o que ocupou um pouco os pensamentos. Recebi centenas de pedidos de fotos do meu pé, que agora deve ter mais seguidores do que muita gente”, brinca.
Depois do susto, Thassynara conta que teve momentos dos quais vai lembrar achando graça, como a aflição do namorado aguardando o atendimento médico na emergência do hospital, o horror que pegou de esmalte amarelo e os novos protocolos para colocar calçados implantados em casa:
“Nunca mais uso esmalte amarelo, nem no Carnaval. Tomei pavor, assim como meu namorado estava em pânico de ter uma namorada sem dois dedos do pé. Para garantir não vai acontecer de novo, agora batemos sapatos, sacudimos e enfiamos a mão pra ver se não tem nada. Se bem que podemos ter problemas nos dedos da mão também, precisamos ajustar isso”, ironiza.