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Número de professores eleitos este ano é menor em comparação a 2020

Eleitores de 5.569 municípios foram às urnas em 6 de outubro para escolha dos próximos prefeitos e vereadores

atualizado

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1 de 1 urna - Foto: Otavio Augusto/ Metrópoles

O primeiro turno das eleições de 2024, que ocorreu em 6 de outubro, registrou uma queda no número de professores eleitos, em comparação com o pleito de 2020. Os votantes de 5.569 municípios foram às urnas para escolha dos próximos prefeitos e vereadores.

O levantamento do Metrópoles considerou as informações apresentadas pelos próprios candidatos a respeito da ocupação profissional de cada um deles ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram considerados os seguintes aspectos: professor de ensino de primeiro e segundo graus, professor de ensino fundamental, professor de ensino médio, professor de ensino superior e professor e instrutor de formação profissional.

Em números absolutos, o pleito deste ano elegeu 2.711 professores. Já em 2020, o índice de membros do sistema de educação brasileiro foi de 3.036.

Minas Gerais, segundo maior reduto eleitoral com 16.469.155 eleitores, lidera o ranking de professores eleitos. Foram 317 candidatos que conquistaram os cargos pleiteados, seguido por São Paulo, com 271, e Bahia, com 206.

Em contraponto, Rondônia e o Acre foram os estados com o menor número de professores eleitos. Foram 13 e 14 profissionais da educação que conquistaram os cargos, respectivamente.

Na divisão por cargos, foram eleitos 151 professores para o cargo de prefeito, 228 para vice-prefeito e 2.332 para vereador, somados aqueles que conquistaram o posto apenas pelo número de votos e por quociente partidário (QP).

O QP é o resultado do número de votos válidos conquistados pelo partido dividido pelo quociente eleitoral. O total definirá o número total de cadeiras ocupadas por cada sigla em cada câmara municipal.

O partido com maior número de professores eleitos é o MDB, com 382 postulantes, seguido pelo PSD, com 318, e o Progressistas (PP), com 312 eleitos. O PT, sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elegeu 268 professores, ocupando o quarto lugar no ranking.

Análise do primeiro turno

Rodrigo Horochovski, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutor em sociologia política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avalia que a entrada de novos personagens no cenário político influenciou a eleição de professores neste ano.

“Uma hipótese que pode explicar o fenômeno é o crescimento da direita e a entrada de novos personagens. Como professores formam um perfil tradicional e historicamente pendiam mais ao centro e à esquerda, podem ter sido prejudicados por isso. No entanto, é importante frisar que somente uma análise mais detalhada dos dados permite testar esta hipótese”, defende Horochovski.

André Felipe Rosa, cientista político e professor da UDF, reforça que a eleição de professores é impulsionada, em especial, por partidos de centro-esquerda, como o PT, de Lula.

“As eleições majoritárias aqui em Brasília dependem muito das microrregionais, que envolvem prefeitos que abrem portas para comícios, fazem campanha no comércio, na feira, e esses professores têm uma inclinação muito forte ao presidente Lula”, ressalta André Rosa. “As eleições de 2022 ocorreram em um ambiente de embate muito focado na educação, onde o executivo criticou diversas vezes a gestão anterior do presidente Bolsonaro por negligenciar essa pauta”, complementa.

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