Número de denúncias no MPGO contra abusos de João de Deus chega a 330
A promotoria do estado requereu à Justiça a prisão preventiva de João de Deus, que alega inocência
atualizado
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A força-tarefa instituída pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) para apurar as denúncias contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, por abuso sexual, recebeu desde segunda-feira, 10, data em foi criado o canal de denúncias, um total de 330 mensagens e contatos por telefone. O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br. As informações foram divulgadas pela Promotoria nesta quinta-feira(13/12).
A Promotoria de Goiás requereu à Justiça a prisão preventiva de João de Deus, que alega inocência. Médium e curandeiro, ele ficou famoso internacionalmente por suas sessões. Desde setembro de 2018, porém, várias denúncias de abuso sexual começaram a ser feitas por mulheres que iam às cerimônias conduzidas por João no Centro Dom Inácio de Loyola, onde realiza “cirurgias espirituais” em Abadiânia, no interior de Goiás.
O médium nasceu na cidade Cachoeira de Goiás no ano de 1942. Quando era adolescente saiu da pequena cidade, pois tinha descoberto seu “dom” como médium. Em 1976, fundou o Centro Dom Inácio de Loyola, onde recebeu várias personalidades como Bill Clinton, Chico Anysio e Hugo Chávez.
As vítimas que estão denunciando João de Deus são de Goiás, Distrito Federal, Minas, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.
O procurador-geral também encaminhou no dia 11 um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.
Nesta quarta-feira, 12, pela manhã, o médium fez uma visita tumultuada no Centro Dom Inácio de Loyola. Em um rápido pronunciamento, disse que era inocente e que estaria à disposição da Justiça. Foi a primeira aparição pública do médium depois que mulheres vieram a público acusá-lo de abuso sexual.