Número de brasileiros que se declaram pretos cresce 14,9%, diz IBGE
Entre 2012 e 2016, população que se considera parda também aumentou, enquanto aqueles que se definem como brancos caiu 1,8%
atualizado
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O número de brasileiros que se declaram pretos no país cresceu 14,9% entre 2012 e 2016. A população que se considera parda também aumentou 6,6% no mesmo período. Em movimento inverso, o número de pessoas que se declaram brancas caiu 1,8%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domicílio (Pnad) foram revelados nesta sexta-feira (24/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 2007, as Pnads do IBGE vêm mostrando que a soma da população identificada como de pele preta e parda supera aqueles que se consideram brancos. Em 2016, os brasileiros declarados como pardos respondiam por 46,7% da população. As pessoas que se identificam como de pele branca representavam 44,2% do total. Já as pessoas identificadas como de pele preta eram 8,2%.
Idosos
Os dados da pesquisa também apontam que a população brasileira seguiu envelhecendo em 2016. Na passagem de 2015 para o ano passado, 1 milhão de brasileiros entrou na faixa etária de 60 anos ou mais.
Na outra ponta, o contingente populacional na faixa etária de zero a 9 anos encolheu 4,7%. São 1,3 milhão de crianças a menos nessa faixa. Com isso, o porcentual da população enquadrada nesses limites caiu de 14,1% em 2012 para 12,9% em 2016.
Regionalmente, o Norte é onde a população é mais jovem. Lá, as pessoas com 60 anos ou mais representam 9,2% do total, comparado aos 17% da faixa etária de zero a 9 anos, conforme os dados de 2016. Só que a região Norte tem apenas 8,5% do total da população brasileira, com 17,427 milhões de habitantes. O menor contingente populacional está no Centro-Oeste, com 15,545 milhões de habitantes, ou 7,6% do total em 2016. A maior parte dos brasileiros (86,361 milhões de pessoas) vive no Sudeste.
Além disso, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, as mulheres representavam 51,5% do total de 205,5 milhões. Os homens respondiam por 48,5% do total. Segundo o IBGE, não foi verificada alteração nestas participações entre 2012 e 2016.