Novos passageiros têm embarque suspenso no MSC Splendida, em Santos
Cerca de dois mil turistas tentaram embarcar neste domingo em novo tour do cruzeiro, atracado no Porto de Santos após surto de Covid
atualizado
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São Paulo – Passageiros tiveram o embarque suspenso neste domingo (2/1) no que seria uma nova operação do cruzeiro MSC Splendida, com saída do Porto de Santos, litoral de São Paulo. Cerca de dois mil pessoas aguardavam a viagem.
O embarque acabou suspenso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou a interrupção de operação do cruzeiro, depois do navio atracar na última quinta-feira (30/12) no Porto de Santos, devido a um surto de coronavírus que contaminou mais de 70 ocupantes, entre turistas e tripulação. Os passageiros desse último tour desembarcaram do MSC Splendida entre a última sexta-feira (31/12) e o último sábado (01/01).
Antes de terem o embarque suspenso, novos passageiros do MSC Splendida já tinham entregue testes negativos de Covid-19 e bagagens, no Terminal Marítimo de Passageiros de Santos (Concais).
Investigação
Neste domingo (2/2) a Anvisa abriu processos administrativos para investigar se os cinco cruzeiros, atualmente em operação no litoral brasileiro, descumpriram protocolos sanitários e, por isso, tiveram alta repentina de casos de coronavírus entre os passageiros embarcados.
Na última sexta-feira (31/12), a Anvisa já tinha determinado a interrupção de dois desses cruzeiros (MSC Splendida e Costa Diadema), por alcançarem o nível 4 de risco de seu protocolo sanitário, com mais de 70 passageiros contaminados.
O MSC Splendida segue atracado no Porto de Santos enquanto o Costa Diadema está ancorado no Porto de Salvador. A agência obriga que cruzeiros fiquem atracados depois do desembarque de passageiros, até que uma investigação epidemiológica possa estabelecer se os navios estão prontos para realizarem novos tours.
Neste domingo (2/1), também atracou no Porto do Rio de Janeiro o navio MSC Preziosa, por ter 28 casos confirmados de coronavírus.
Protocolo
A Anvisa elaborou, com empresas do setor, um protocolo que prevê uma análise de risco a partir de quatro cenários epidemiológicos, sendo o nível 1 considerado quando não há caso de passageiro ou tripulante com coronavírus.
O nível 4, considerado o mais grave, é caracterizado quando a interrupção do cruzeiro é obrigatória, pela existência de transmissão comunitária entre viajantes ou pela ocupação de mais de 90% das acomodações para isolamento ou tratamento médico.
Se ficar confirmado que os cruzeiros descumpriram protocolos sanitários e medidas de restrição, a Anvisa informou que serão aplicadas multas e suspenção de atividades.
Todos os cinco cruzeiros em circulação no litoral brasileiro tiveram casos de Covid identificados nos últimos dias. Com base nessa alta repentina de infecções por coronavírus e no crescimento mundial da variante Ômicron, a Anvisa recomendou ao Ministério da Saúde que interrompesse a temporada de cruzeiros no Brasil, reiniciada em 5 de outubro.