Novo suspeito de planejar massacre é identificado: “Matar todo mundo”

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás identificou o terceiro suposto integrante de um grupo que planejava atentado a uma escola do Rio Grande do Norte. Segundo a investigação, o suspeito, de 14 anos, é de Manaus (AM), e seria aliado de dois primos, um de 15 anos, morador de Itumbiara (GO), e outro de 14 anos, de Campo Redondo (RN). Em mensagem no celular, um deles escreveu: “Matar todo mundo”.

De acordo com a investigação, o crime ainda estava em fase de planejamento e não se sabe se o adolescente de Manaus iria ao Rio Grande do Norte. A polícia se surpreendeu com a frieza do jovem.

As mensagens sobre o possível massacre em uma escola do RN foram descobertas com auxílio da Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos. Segundo a investigação, o crime provavelmente seria praticado em escola de Campo Redondo (RN).

A polícia informa que, por causa do aumento da criminalidade cibernética, as instituições trocam informações regularmente no intuito de evitar esse tipo crime.

O delegado do Laboratório da Secretaria de Operações Integradas, Alessandro Barreto, disse ao Mais Goiás que, só este ano, foram impedidos outros dez casos semelhantes.

“Muita gente”

As colaborações da agência dos EUA passam pela embaixada brasileira. “A internet é gigante, outro universo. As polícias e agências desenvolvem uma metodologia para identificar esse tipo de situação”, disse, sem detalhar como os dados são buscados. “Mas tem pego muita gente”, afirmou  delegado.

Os dois primos já haviam sido identificados em ação conjunta da Polícia Civil de Goiás e do Rio Grande do Norte, ao analisar trocas de mensagens entre entres. Os pais dos adolescentes foram acionados e apresentaram os filhos às respectivas delegacias, momento em que os fatos foram confirmados. Celulares foram apreendidos.

O goiano de Itumbiara, segundo as investigações, pretendia viajar para o estado nordestino, onde invadiria duas escolas com o primo para matar meninos e meninas. O plano terminaria com o suicídio de ambos.

De acordo com a polícia, no início da investigação, os agentes descobriram que pelo menos quatro adolescentes tinham planos de invadir as duas escolas. Os nomes deles não foram mencionados.

Possível suicídio

Em uma das conversas flagradas pela polícia, os suspeitos disseram que, após atirarem coquetel molotov, iriam tirar a própria vida.

Em outro trecho da conversa, um dos adolescentes afirmou que, durante a execução do massacre, não pouparia a vida nem de meninos e nem de meninas. Em seguida, os dois jovens comentam não ter uma escola em mente, e um deles sugere atacar a unidade em que ele era matriculado, em Campo Redondo (RN).

Durante a investigação, policiais descobriram que o adolescente de Itumbiara já estava com viagem marcada para Campo Redondo e, nos próximos dias, para encontrar o primo.

O adolescente de Itumbiara e o primo dele, de acordo com a investigação, já haviam escolhido as roupas que usariam no eventual massacre. Eles também estariam na fase de testar os equipamentos que usariam no massacre.

O Metrópoles não localizou a família ou os advogados dos suspeitos, já que os nomes deles não foram divulgados, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).