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Novo ministro da Defesa quer Brasil de volta a missões de paz da ONU

Brasil participa, ao lado de 40 países, de exercício militar que simula missão de paz em Midland, país fictício conflagrado

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O novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em seu primeiro evento público, em 05/04/22
1 de 1 O novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em seu primeiro evento público, em 05/04/22 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O primeiro compromisso público do novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e do novo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, é um exercício militar que engloba 40 países simulando uma operação de paz em um país fictício em profunda crise política e econômica.

A nova cúpula militar do Brasil recebeu colegas brasileiros e estrangeiros, além de parlamentares e representantes da imprensa no Comando Militar do Planalto, em Brasília, na manhã desta terça-feira (5/4). No evento, o novo ministro disse ter como objetivo a volta de militares brasileiros às missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

O exercício militar internacional chama-se Viking 22, teve início em 28 de março e vai até 7 de abril. Na prática, trata-se de uma espécie de jogo virtual no qual os jogadores são militares e civis dos países participantes, que têm o objetivo de trabalhar de maneira coordenada para lidar com os problemas que vão aparecendo durante a missão de paz no país fictício de Midland, que fica no norte da Europa (região dos países nórdicos).

A simulação foi criada pelas Forças Armadas da Suécia, que coordenam esse exercício a cada quatro anos, com complexidade crescente. Neste ano, são quase 1,8 mil pessoas envolvidas, incluindo 180 brasileiros.

Na situação simulada, Midland passou por uma grave crise política e econômica após uma sangrenta guerra civil e precisou de ajuda internacional para lidar com terrorismo, milícias, militares que se rebelaram e a crise humanitária que resultou disso tudo.

As situações que os militares enfrentam nesse jogo são ataques às sedes, sequestros de membros da missão de paz, roubo de doações humanitárias e problemas de integração entre as diferentes forças.

O que se simula é uma grande missão de paz da ONU com participação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Para reforçar a coordenação, alguns dos participantes viajaram para outros países. Na sede brasileira do exercício, por exemplo, há militares de países como França, Argentina, Peru, Chile, México, Guatemala e Uruguai, além da própria Suécia.

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Exercício Viking 22
Brasil simula participação em missão de paz
Conflito ocorre em país fictício no norte da Europa
Viking 22
Operação é coordenada pelas Forças Armadas da Suécia
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O novo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes

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Exercício Viking 22

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Brasil simula participação em missão de paz

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Conflito ocorre em país fictício no norte da Europa

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Viking 22

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Operação é coordenada pelas Forças Armadas da Suécia

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Novo comando

Chefe do Exército há menos de uma semana, o general Marco Antônio Freire Gomes discursou no evento público em Brasília e afirmou que está “debutando” no posto, mas disse que “o espírito continua o mesmo” e lembrou que o novo ministro é seu “antigo comandante”.

Antes de assumir o comando do Exército, Freire Gomes estava à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter), que faz a coordenação entre a Força e as polícias militares. Já o general Paulo Sérgio Nogueira comandava o Exército antes de ser convocado a substituir o general Braga Netto no Ministério da Defesa, no último dia 1° de abril.

O novo ministro discursou por último e afirmou tem a “felicidade” de, “no meu segundo dia como ministro, participar de exercício de tamanha envergadura numa coisa latente nos dias atuais, que são as operações de paz”. Para o militar, “o Brasil tem tradição em missões de paz e pode contribuir com boas práticas e ensinamentos”.

A última missão desse tipo com a participação do país foi no Haiti até 2017, mas o ministro acha que o país está preparado para novos desafios. “Espero que nosso país volte a mandar tropas efetivas para missões de paz, retorne como fez no Haiti, a ter tropas em missões de paz”, concluiu ele, que não respondeu a perguntas da imprensa nesse primeiro evento.

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