Nova presidente da Caixa ao tomar posse: “A gestão pelo medo acabou”
Maria Rita Serrano, que assumiu a presidência da Caixa, criticou o que chamou de “política de assédio” de gestão anterior
atualizado
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A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, tomou posse nesta quinta-feira (12/1) e criticou o que chamou de “política de assédio” do ex-presidente do banco Pedro Guimarães. Ela afirmou ainda que o clima de medo na instituição financeira acabou.
Indicado por Jair Bolsonaro (PL), Guimarães é investigado por uma série de acusações de assédio moral e sexual relatados por funcionários do banco. As denúncias foram revelados pelo Metrópoles.
Serrano afirmou que a Caixa é “exemplo de resiliência” ao citar diversos momentos em que o banco enfrentou desafios, como a pandemia de Covid-19 e as acusações contra a gestão anterior. “A Caixa resistiu novamente ao desmantelamento do patrimônio público à avassaladora política de assédio e medo patrocinada pela gestão do último governo, através de seus representantes na direção do banco”, pontuou a nova presidente da Caixa. E complementou: “A gestão pelo medo na Caixa acabou”.
Ela defendeu que o banco tenha papel central na distribuição de políticas públicas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Outra meta é voltar a investir em projetos culturais e fomentar ações de sustentabilidade.
Estiveram presentes na cerimônia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Nova presidente
Natural de Santo André (SP) e funcionária da Caixa desde 1989, Maria Rita Serrano exerceu diversas funções na Caixa Econômica Federal e, desde 2014, é conselheira eleita pelos empregados no Conselho de Administração. Ela também coordena o comitê nacional em defesa das empresas públicas.
Serrano chegou ao Conselho de Administração no cargo de suplente e foi eleita titular em 2017. Na última eleição, em 2020, foi reeleita com mais de 90% dos votos.
A nova presidente da Caixa é graduada em estudos sociais e história, com mestrado em administração pela Universidade de São Caetano do Sul.
Como conselheira na Caixa, Serrano exerceu importante papel na fiscalização das denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-presidente do banco Pedro Guimarães, reveladas pelo Metrópoles em junho. Ela exigiu a contratação de uma empresa externa de auditoria para apurar o caso.