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Nova fase da Lava Jato mira propina em contratos da Transpetro

Alvos são contratos firmados entre 2008 e 2014, que somam R$ 682 milhões. São cumpridos três mandados de prisão e 15 de busca e apreensão

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (31/1), a 59ª fase da Operação Lava Jato, denominada Quinto Ano, que mira supostos pagamentos de propinas a executivos da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em contratos firmados entre 2008 e 2014, que somam R$ 682 milhões.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária por 60 policiais, com o apoio de 16 auditores fiscais da Receita Federal do Brasil, em São Paulo e Araçatuba. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

“A partir de acordo de colaboração premiada, homologada pelo STF, a investigação colheu indícios de que diversas empresas pagaram vantagens indevidas de forma sistemática a executivos da Transpetro, em um percentual de propina que alcançou o montante de até 3% do valor de 36 contratos formalizados com a estatal entre 2008/2014. Consta que os contratos somam o total de mais de R$ 682 milhões”, afirma a PF.

A Polícia Federal ainda dá conta de que “foram repassados no período mais de uma centena de milhões de reais a agentes políticos, sendo que o colaborador teria recebido R$ 2 milhões, por ano, a título de vantagem indevida, além de R$70 milhões no exterior. Há indícios de que um escritório de advocacia teria sido utilizado para a movimentação de valores ilícitos e geração de dinheiro em espécie em favor das empresas do grupo investigado”.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, o “sistema utilizado para a ocultação e dissimulação da vantagem indevida ocorreu mediante a utilização de contas de passagem e estruturação de transações financeiras (fracionamento) para evitar comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)”.

“Existem fortes suspeitas de que todo esse esquema criminoso só foi possível em razão da bem acertada associação entre os investigados. Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa”.

Os presos e o material apreendido serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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